Embora não sejam tão frequentes quanto o necessário, campanhas solidárias de instituições, associações e entidades religiosas são comuns. Em Rio Branco, um movimento de ações solidárias tem tomado as principais avenidas da cidade. A sociedade vem se mobilizando para ajudar os menos favorecidos.
A maioria dos projetos são idealizados por jovens, que têm as redes sociais como principais aliadas no processo de conseguir mais voluntários, que por sua vez contribuem em espalhar e multiplicar a mensagem de solidariedade.
Desde muito pequena a estudante Karoliny Oliveira, de 15 anos, já mostrava interesse em ajudar o próximo. Aos 13 anos, uma atividade escolar foi responsável pelo pontapé inicial para a garota fazer um trabalho voluntário.
“A atividade era desenvolver um Dia das Crianças com o tema circo. A minha sala não quis, mas mesmo assim eu meti a cara e fiz com a ajuda de umas cinco colegas. Daí eu gostei e falei para minha mãe que iríamos fazer todos os meses”, contou.
O projeto Olhar Diferente, idealizado por Karoliny, já tem dois anos de existência. Somente em 2015, a iniciativa beneficiou mais de 3 mil pessoas. Mensalmente o grupo de aproximadamente 70 voluntários promove ações e ajuda uma comunidade diferente.
Os jovens realizam rifas, arrecadação em semáforos da Capital, bazar beneficente, venda de camisetas, e possuem caixinhas em pontos estratégicos para coletar dinheiro. Somente em outubro deste ano, a iniciativa fez uma doação de 500 brinquedos para crianças carentes.
Para a estudante o momento mais gratificante de todo o processo é fazer a entrega das doações. Ela conta que o projeto mudou a forma de enxergar o mundo após conhecer realidades diferentes da sua.
“A gente reclama sabendo que existem pessoas em situações bem piores. Passei muitos dias chorando quando conheci o Beco do Sabiá. A pobreza, a miséria, ver criança feliz brincando dentro de um galinheiro, eu fiquei passada com a felicidade deles com tão pouco”, contou.
A iniciativa vem conquistando vários jovens pela Capital. A estudante Blenda Monyque, de 16 anos, conheceu o projeto através das redes so-ciais. Em agosto deste ano ela decidiu ser uma das voluntárias do ‘Olhar Diferente’.
“Foi nas primeiras entregas que eu fiz que eu me apaixonei verdadeiramente. Antigamente eu já havia trabalhado com crianças, mesmo sendo uma criança. E foi vendo aquelas pessoas na maior carência e felizes com pouca coisa que fez com que eu realmente ficasse no projeto”, explicou.
Neste Natal a iniciativa deve beneficiar moradores do Beco do Sabiá, da Favelinha (localizada atrás do Ginásio do Sesi), e famílias que estão morando em barracas improvisadas de lona na Estrada de Porto Acre km 6.
Karoliny sonha alto e quer expandir o projeto. O objetivo é ajudar o maior número de pessoas possíveis. “Nós vamos aumentar as metas do ano que vem. Temos planos bem grandes, mas eu não sei se vamos conseguir. Só tenho planos grandes, eu não penso pequeno”, garantiu a estudante.
Há 13 anos, rockeiros promovem evento solidário para ajudar famílias carentes no Natal
O Feliz Metal, tradicional evento de heavy metal de Rio Branco, ocorre há 13 na Capital. O trocadilho com o Natal é uma alternativa, já que a organização do evento não tem afinidade com a festa natalina.
Além de uma oportunidade de se divertir e escutar rock’n roll, o festival também promove uma ação solidária. A 13ª edição do evento será realizada no dia 25 dezembro, a partir das 19h, na Concha Acústica. A música fica por conta das bandas No Mas, Discórdia, Metal Jacket, Brutal Death, Fire Angel, Hylidae, Death Silence e Born Hell.
Apesar de ser grátis, o evento arrecada alimentos que são destinados a famílias carentes. O produtor do Feliz Metal, Ricardo Costa, de 35 anos, explica que o evento surgiu devido à necessidade desse tipo de atração para o público que curte rock’n roll, além de fazer uma ação que pudesse ajudar pessoas necessitadas.
Em 2015, a iniciativa arrecadou cerca de uma tonelada de alimentos não perecíveis. Cerca de 100 famílias foram beneficiadas com cestas básicas na “Sapolândia”, localizada nas imediações bairro Mocinha Magalhães, Tancredo Neves e Educandário Santa Margarida.
“Nós sabemos que não é somente no Natal que as famílias sentem fome. Mas o espírito é aquele ‘faça você mesmo’. Fazendo esse pouco que estamos fazendo nos sentimos mais úteis. Você presenciando as entregas, vendo as famílias que realmente precisam é gratificante. Nós passamos um dia de lazer, mas é gratificante que estamos conseguindo fazer um pouco”.
ARRASTÃO SOLIDÁRIO
Em parceira com o Moto Clube, os organizadores do evento realizam simultaneamente um arrastão solidário – motoqueiros saem pela cidade arrecadando alimentos para somar às doações do evento de rock.
A primeira etapa do arrastão aconteceu neste sábado, 10, no Conjunto Tucumã. A próxima está prevista para ocorrer no dia 17 de dezembro, no Conjunto Universitário. As entregas serão realizadas no dia 28 de dezembro. As entidades beneficiadas serão: Abrigo Sol Nascente, Abrigo Tapajós, Casa de Apoio aos Doentes em Tratamento na Fundação e Educandário Santa Margarida.
Tradicional campanha dos Correios garante presente as crianças de baixa renda no Acre
A maioria dos pedidos escritos ou desenhados nas cartinhas enviadas aos Correios que há mais de 25 anos realiza a campanha Papai Noel dos Correios são carrinhos, bonecas, carrinho de controle remoto, roupas, sapatos. Neste ano, foram recebidas 1.450 cartas com pedidos. Perto do fim do prazo, ainda restam 100 cartinhas a espera de adoção.
Os interessados podem se dirigir a agência dos Correios, localizada no Centro, Rua Epaminondas Jácome, 5828, até sexta-feira, 16.
Este ano, em Rio Branco, os autores das cartinhas são crianças de nove escolas e creches que se encontram em situação de vulnerabilidade social. “Os pedidos são carrinhos, bonecas, carrinho de controle remoto, roupas, sapatos. Aí depois vai para outros mais caros, bicicleta, playstation, tablets e celulares. Mas, a grande maioria mesmo está em carrinhos, bonequinhas, sapatos e sacolão”, explicou a coordenadora da campanha, Heirivanda Dantas.
Sobre a quantidade de cartas que ainda restam para serem adotadas, a coordenadora explica que a baixa adesão da comunidade está relacionada à crise econômica que o país está vivendo. “Mesmo assim, estamos esperançosos de garantir um Natal para as crianças”, comentou Heirivanda.
“A gente tinha um terço disso. Mais ou menos 200, 250 cartinhas, somente para serem adotadas nesse mesmo período. Quase três vezes a mais da quantidade que a gente tinha ano passado”, explicou a coordenadora da campanha, Heirivanda Dantas.
O vendedor Mário Roberto de Souza escolheu duas cartinhas e falou que se sente bem em ajudar crianças. “Peguei duas cartinhas. São dois sonhos de criança. Que são possíveis de realizar, então, porque não?”, comentou.
As crianças atendidas pela campanha são carentes da Capital e da zona rural. A coordenadora aproveitou o momento para lembrar os padrinhos que já se comprometeram, que o prazo máximo para a entrega dos presentes na agência dos Correios.
“Que os padrinhos realmente honrem com seus compromissos. Esse é outro problema que nós temos. Às vezes, a pessoa adota uma carta e quando chega na data para entregar o presente não chega”, alertou.
A campanha
Somente nos últimos três anos, o Papai Noel dos Correios realizou o sonho de um milhão de crianças no Brasil. A mobilização de padrinhos e ajudantes proporcionou natais inesquecíveis. Milhares de pessoas tiraram o “Bom Velhinho” e o espírito natalino das páginas de ficção e transformou-os em realidade.
Desde 2010, a campanha contempla, além das cartas das crianças da sociedade que escrevem diretamente ao Papai Noel, as crianças das escolas da rede pública de ensino (até o 5º ano do ensino fundamental) e de instituições parceiras, como creches, abrigos, orfanatos e núcleos educativos.
Família realiza rifa e bingo beneficente para ajudar em tratamento de saúde
Com objetivo de arrecadar dinheiro para tornar possível a ida de Elma Farias à São Paulo para realização de uma cirurgia nos olhos que pode evitar que ela fique completamente cega, a família Farias está realizando uma rifa beneficente no valor de R$ 1 mil.
De acordo com Elza Farias após várias tentativas de viajar por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) a resposta era que não tinha vaga.
“Enquanto ela está na fila de espera, pode perder a visão e não queremos isso. Juntamos a família e estamos vendendo rifas ao valor de um por R$ 3 e 2 por R$ 5. O arrecadado servirá para comprarmos as passagens e ajudar no procedimento”, explicou Elza.
Hoje Elma está com apenas 10% da visão.A família Farias é uma das mais conhecidas no Estado por demonstrar sua força e união na hora de ajudar o próximo.
O sorteio da rifa ocorreu no sábado, 10, na escola Monteiro Lobato, localizada no bairro Floresta (próximo a Emurb). Além da rifa, teve bingo e venda de comidas. Interessados em ajudar pode entrar em contato pelos números 9 9978-7904 (Marcileia) ou 9 9957-0546 (Elza). (Com informações www.acreemre-vista.com.br)
