Após um desentendimento entre o juiz de direito Manoel Pedroga, titular da comarca de Bujari, e um internauta por causa da Mandala, a mais nova febre nas redes sociais. Nesta segunda-feira, 12, o magistrado encaminhou o pedido de abertura de inquérito policial contra Mayco Correa Silva por possível crime de estelionato.
Um ofício foi encaminhado ao delegado de Polícia Civil do Bujari. O juiz Pedroga destacou que a conduta de quem participa deste tipo de esquema, convidando outras pessoas a entrar, pode ser enquadrado como estelionatário, pois “coopta outros participantes, obtendo para si, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício ou ardil”.
O ofício do magistrado foi acompanhado das publicações no Facebook. Agora, a questão será investigada pela Polícia Civil do Estado.
A discussão comentou após o juiz criticar a Mandala. O internauta respondeu a crítica. “Pirâmide pra você que não sabe de porra nenhuma. Entrei ganhei e já entrei de novo. Pirâmide é pra quem não sabe entrar, cara. Para de falar o que você não sabe, cara”.
Vale ressaltar que a crítica do magistrado foi feita no perfil dele. Onde Mayco também respondeu. O sistema, que consiste em uma pessoa aportar R$ 100 e trazer outras oito pessoas, lucrando assim R$ 700 quando o círculo se fecha.
O promotor de Justiça do Ministério Público Estadual (MP/AC), Marco Aurélio, já ressaltou anteriormente que os adeptos do esquema financeiro podem responder civil e criminalmente.
O promotor detalhou que se identificada como pirâmide financeira os investidores da Mandala, responsáveis por atrair novos integrantes, estarão atentando contra a economia popular.
“Não existe uma empresa, ao que tudo indica, formalmente legalizada para essa finalidade, mas sim grupos de pessoas. Esse aliciamento de pessoas pode ser criminalizado no primeiro momento e, em tese, é um crime contra a economia popular da Lei 1.521”.
Até a última sexta-feira, 9, o MP/AC ainda não recebeu nenhuma denúncia. Porém, um procedimento averiguatório foi instaurado para avaliar o modelo de negócio. “Para justamente aferir essa questão da legalidade, se tem uma empresa que gerencia isso, se tem um modelo de negócio. O procedimento ainda não é investigatório”, confirmou o promotor. (Com informações Contilnet)