Mais um episódio envolvendo a recente febre nas redes sociais, a Mandala. Em uma nova postagem na rede social, o juiz da Comarca do Bujari, Manoel Simões Pedroga, afirma que quem for identificado nas redes sociais fazendo propaganda, provavelmente,deverá ser indiciado.
O magistrado requisitou a instauração de Inquérito Policial após um desentendimento entre ele e o internauta Mayco Correa Silva.
Na postagem, Pedroga enumera várias características da Mandala como pirâmide financeira, um esquema que prejudica a economia popular. “Os primeiros (líderes) conseguem ganhar bom dinheiro, à custa dos que entrarem depois. Cria-se a fantasia de que todos ganharão dinheiro (ou passarão o Natal com dinheiro)”, esclareceu.
Ocorre que o crescimento da pirâmide é insustentável, pontou o juiz. “Chegará uma hora em que não haverá mais incautos para adquirir ‘Entrar no círculo’ da pirâmide e ela quebrará, deixando grande parte dos ‘doares’ no prejuízo”, salienta.
Ou seja, sem os “desprevenidos” que entram na ilusão do dinheiro fácil, o sistema acaba e as pessoas que entraram mais recentemente podem nem receber o que investiram.
O juiz destacou que nesse tipo de negócio se requer a cooperação da vítima, que, enganada, disponibiliza dinheiro ao enganador. Estima-se que, em cada pirâmide, 88% dos participantes perderão dinheiro.
“Pirâmide tem como binômio vantagem ilícita e prejuízo alheio”, detalhou o magistrado.O sistema da Mandala consiste em uma pessoa aportar R$ 100 e trazer outras oito pessoas, lucrando assim R$ 700 quando o círculo se fecha.