O resultado da perícia em vídeo que mostra o cabo da Polícia Militar, Alexandro Aparecido dos Santos, sendo atingido por um tiro durante abordagem policial divide opiniões nas redes sociais.
Segundo a conclusão pericial, assinada pelo perito Bruno Santana Lustoza, do Instituto de Criminalística da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Acre, “é possível visualizar quando o acusado Kennedy tira algo do colete do CB Alexandro, não sendo possível definir que se trata de um objeto em específico”.
O cabo da Polícia Militar, Alexandro Aparecido dos Santos foi morto com um tiro no pescoço durante uma abordagem policial no bairro Novo Horizonte, no dia 15 de agosto. Na época, segundo a polícia, Kennedy Silva Magalhães reagiu à ação, começou uma luta corporal com os policiais, pegou uma das armas e disparou um tiro contra o PM.
Ainda segundo a perícia, “o vídeo é autentico, não se constatou divergência de descontinuidade e/ou alteração ardil com objetivo de manipulação intencional fraudulenta a ludibriar o desenvolvimento das ações em evidencia do seu conteúdo”.
Após a divulgação do resultado da perícia, vários internautas opinaram sobre a conclusão “indefinida”. “Com todo respeito aos Peritos Criminais do Instituto de Criminalística do Acre, mas ter uma conclusão desse porte, dizendo que não se pode caracterizar a retirada da arma do coldre da capa do colete balístico do PM, é o mesmo que chamar todos que assistem esse vídeo de cego, sem contar todos que estavam no local, que presenciaram toda a ocorrência. Conclusão vergonhosa”, escreveu Erivan Santana.
O internauta Ricardo Linhares também comentou a conclusão pericial. “Quero vê quem é que consegue enxergar nitidamente o acusado sacar a arma e atirar contra o policial, porque eu sinceramente no meio dessa confusão como mostra no vídeo, não enxerguei nada disso, ao menos sequer dá pra vê uma arma. Falar todo mundo sabe, mas só quem pode afirmar com clareza é a perícia, a reconstituição dos fatos e Deus”.
A equipe do Jornal A GAZETA tentou falar com o promotor criminal, Efrain Enrique Mendoza, do Ministério Público do Acre, que ofereceu a denuncia contra Magalhães, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.