Os eventos extremos no principal manancial do Estado vêm se tornando cada vez mais frequentes. Por isso, o Governo do Estado já estuda estratégias de atuação para 2017. Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), não há expectativa de uma enchente fora da anormalidade para o Rio Acre no próximo ano.
“A expectativa é que o nível fique entre 12 e 14 metros, que é a cota de transbordamento, mediante os últimos boletins meteorológicos que nós expedimos”, explicou a coordenadora operacional do Sipam, Ana Cristina Strava.
O secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, afirma que todo ano representantes da Defesa Civil do Acre e de Rondônia, e demais instituições ligadas à gestão de riscos ambientais e dos recursos hídricos se reúnem para traçar estratégias para possíveis eventos extremos.
“Estamos com oito anos consecutivos que temos enchentes aqui em Rio Branco. Nós sabemos dos estragos e prejuízos que a última enchente trouxe. O melhor que temos a fazer é reunir todos esses órgãos, principalmente Defesa Civil, e fazer previsões e também nos preparamos para as contingências”, disse.
Em 2015, os acreanos viveram a maior enchente já registrada na história do Estado. O Rio Acre atingiu à marca de 18,40 metros e desabrigou mais de 9 mil pessoas só na Capital. Em todo o Estado, mais de 80 mil pessoas foram afetadas.
Este ano, o manancial registrou a maior seca desde 1970, quando a defesa Civil Estadual passou a monitorar o rio. No dia 2 de agosto, as águas marcaram 1,43 metro. Até então, o menor nível alcançado pelo rio na Capital havia sido 1,50 m, em setembro de 2011.