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Sem holofotes

Ainda sobre o desfecho da Operação G-7, há que se destacar a atuação do juiz federal  Jair Facundes, que não se deixou influenciar, em nenhum momento, por essa onda de “espetáculos midiáticos” que está contaminando esses casos e se comportou, ao longo da tramitação do processo, como um verdadeiro magistrado.

Não se trata de elogio tendencioso só porque sua sentença foi favorável aos acusados. Se tivesse sido convencido por provas irrefutáveis, sua sentença poderia ter sido pela condenação, mas seu comportamento discreto seria o mesmo e é essa isenção que a sociedade espera de um magistrado e de outros operadores da Justiça.

Essas observações vêm a propósito para lembrar o que analistas e mesmo juristas renomados vem alertando e condenando esses “espetáculos midiáticos ”que se sucedem um após outro na decantada Operação Lava-Jato.

Alguns deles foram explícitos inclusive em afirmar que o país não precisa de “justiceiros”, referindo-se ao juiz que preside a referida Operação, além de condenar seu viés declaradamente “seletivo”.

A corrupção deve ser sim sempre denunciada e combatida com o rigor da lei, mas não sob holofotes e sim com a análises rigorosa dos fatos, das provas, como fez o juiz Jair Facundes.

 

A Gazeta do Acre: