X

Com a 3ª semana de alta consecutiva, Acre segue com gasolina mais cara do país

 Pela terceira vez consecutiva, o litro da gasolina em postos de combustíveis teve aumento e atingiu R$ 3,777 na última semana. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) divulgou o levantamento nesta segunda-feira, 23. O Acre lidera o ranking de maior valor pago pelo produto. Em Rio Branco, o litro da gasolina custa, em média, R$ 4,24.

E quem pensar que trocar a gasolina pelo diesel ou etanol pode ajudar no orçamento doméstico, pode mudar de ideia. O diesel e o etanol também tiveram reajuste em 2017. O primeiro, com alta de 0,75% na semana, passou do valor médio de R$ 3,085 por litro para R$ 3,108. O etanol teve alta de 0,62%, subindo de R$ 2,913 para R$ 2,931, de acordo com a ANP.

Para a vendedora externa Samara Gomes, esses aumentos são prejudicais para quem depende de um veículo, principalmente, para trabalhar. “O ano começou agora e esses aumentos pesam no bolso de quem precisa abastecer praticamente toda semana. Eu tenho pesquisado muito antes de abastecer”, explicou ela.

O funcionário público Mário de Souza, ao saber da notícia do aumento, disse que ia logo no posto antes que o novo aumento chegue nas bombas em Rio Branco. “Usar o carro só quando realmente precisar. Não dá para ficar dando voltinha à toa”, comentou ele.

Em nota, o Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac) esclarece que o preço final ao consumidor no Estado é composto principalmente por uma alta carga tributária, onde incide o ICMS, PIS/Cofins e Cide (exceção do etanol).

“Ressaltamos ainda que a logística do transporte dos combustíveis e seus derivados até o Estado do Acre é outro fator que incide diretamente sobre o preço ao consumidor final, pois o combustível chega ao Acre em sua maior parte de Manaus (AM), via fluvial e segue para o Estado de Rondônia. De Porto Velho até o Acre, o transporte é realizado via terrestre até a capital acreana e demais municípios do interior do Estado e em determinados municípios chega a percorrer uma distância de até 1000 quilômetros, como é o caso de Cruzeiro do Sul”, afirma a nota.

Com a nova política de preços da Petrobrás, o preço final ao consumidor deve oscilar, tendo em vista que a nova política prevê avaliações para revisões de preços pelo menos uma vez por mês.

É importante ressaltar que, como o valor desses combustíveis acompanhará a tendência do mercado internacional, poderá haver manutenção, redução ou aumento nos preços praticados nas refinarias e, consequentemente, nos postos de combustíveis.

No final, a nota esclarece que, todas as semanas, os revendedores locais recebem combustíveis reajustados por parte de suas distribuidoras de combustíveis. Mas, devido à grande concorrência e redução de compra por parte dos consumidores, muitos empresários preferem manter os preços, até onde o custo operacional do estabelecimento permite.

A Gazeta do Acre: