O atendimento ao público esteve suspenso durante toda o dia nesta segunda-feira, 9, no prédio da Defensoria Pública do Estado. Após sofrer um ataque por parte de bandidos que efetuaram disparos e atiraram um artefato. Porém, o defensor público-geral, Fernando de Souza, alega que a suspensão dos serviços se deve a uma pane elétrica no prédio, que também ocorreu no final de semana.
De acordo com o ele, o atendimento deve voltar à normalidade nesta terça-feira, 10. Sobre o ataque, o prejuízo causado foi de pouco mais de R$ 5 mil, pois o órgão teve que substituir as portas, que foram quebradas durante a ação. Ainda sobre a pane elétrica, o defensor explicou que computadores foram danificados.
“No fim de semana, houve oscilações em boa parte dos reatores e alguns equipamentos, inclusive, computadores foram danificados, o que impossibilitou o reinício das atividades, mas isso já está sendo corrigido”, garante.
O defensor público-geral disse que o prédio deve receber reforço policial a partir de terça-feira. “Acredito que tenhamos que tomar algumas precauções que são necessárias. É necessário, doravante, ter efetivamente um policial durante o atendimento na defensoria, de manhã e à tarde. Essa medida vai trazer tranquilidade para que os servidores possam fazer atendimento”, destacou.
A Defensoria, segundo o defensor público-geral, atende mais de 90 processos e tem atuação em quase 100% dos casos.
Ainda nesta segunda-feira, 9, a Polícia Civil confirmou que o artefato encontrado na Defensoria Pública era realmente uma banana de dinamite.
O delegado Sérgio Lopes diz que explosivo foi retirado do local pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (PM/AC), passou por perícia ainda no dia do ocorrido e foi detonado. A dinamite tinha cerca de 30 centímetros e um fio detonador vermelho chamado de carretel. No local também foram encontradas quatro cápsulas deflagradas de uma arma de calibre 9 mm.
A polícia ainda não tem suspeito de quem cometeu o crime. Durante o ataque, os criminosos deixaram uma carta com uma série de reivindicações endereçadas ao poder público.
Caso as reivindicações não sejam acatadas, os criminosos ameaçam uma série de ataques no Estado envolvendo prédios públicos, supermercados e pontos turísticos.
Entre as exigências estão melhorias no sistema penitenciário, o que, segundo o autor, não seria regalia, mas garantia de direitos. Eles pedem atendimento médico semanal, odontológico, assistentes sociais e psicólogos. Eles exigem também a criação de postos de trabalho dentro dos presídios e escolas.