Quatro agentes penitenciários foram exonerados do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) nos últimos 45 dias. Três deles foram demitidos após tentarem entrar no presídio com drogas e um outro porque mantinha conversa com presos por meio de aplicativo de celular.
A Corregedoria do órgão investiga cerca de 150 processos envolvendo agentes penitenciários.
Um dos exonerados, Francisco Clave de Sousa da Costa, 40 anos, foi preso na noite de segunda feira, 23, na rua Rio de Janeiro, bairro Floresta por policias do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Os policias receberam uma denúncia de que o ex-agente estava no local portando uma pistola ponto 40 de propriedade do Iapen.
Além da arma, foram encontrados com ele 17 munições e três carregadores. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 12 e ele não teria devolvido a arma. O acusado foi conduzido à delegacia Central de Flagrantes. Ele contou à polícia que o motivo de não te devolvido a arma seria o fato dele não ter assinado, ainda, qualquer documento relacionado a exoneração.
O diretor do Iapen, Martin Hessel, informou que o agente preso por porte ilegal de arma havia sido exonerado no início do mês desde então, não procurou o instituto para devolver o armamento e não era localizado.
Ainda sobre o ex-agente, o diretor explicou que há um tempo atrás, houve uma revista e dentro de um aparelho de celular apreendido. “Mediante a perícia, constatou-se que o agente Costa estava fazendo contato via whatsapp com alguns presos, e essa é uma conduta que não é adequada à função que ele exercia”, esclareceu.
Sobre os outros agentes exonerados, Martin destacou que os processos que tramitam na Corregedoria do Iapen, o diretor afirma que muitos são a partir de denúncias. “Temos denúncia de tortura, de supostos contatos de agentes e presos. Mas, nem todos esses casos se confirmam”.
