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Leo de Brito diz que governo de SP colaborou para enraizamento do PCC

 Em sua página de Facebook, o deputado federal Leo de Brito criticou o governo de São Paulo sobre a possível ‘exportação’ do PCC – organização criminosa que surgiu num presídio paulista em 1993 – para todos os estados do país.

A crítica surgiu após a publicação de uma matéria no Jornal Folha de S. Paulo, intitulada ‘Governo de SP ‘exportou’ PCC para outros Estados ao transferir presos’. O parlamentar afirma que a incompetência da gestão contribuiu para o enraizamento de organizações criminosas em todo o Brasil.

“No final das contas, quem paga com essa atitude é a população. Eles estão exportando o que tem de pior para o resto do Brasil. Pior é saber que o atual ministro da Justiça é de lá. Se a atitude em relação ao Brasil for a mesma adotada em São Paulo, o Brasil está perdido”, disse Leo de Brito.

Na matéria, o repórter Rogério Gentile afirma que o crescimento de organizações criminosas foi facilitado por uma polêmica política de transferência de presos. O processo de migração do PCC teve início em 1998, quando o governo paulista, na tentativa de desarticular o movimento que ganhava força nos presídios do Estado, transferiu líderes da organização para o Paraná.

Os fundadores do PCC, José Márcio Felício, o ‘Geleião’, e César Augusto Roris da Silva, o ‘Cesinha’, estavam entre os transferidos. O principal chefe da facção, Marcola, também passou por diversos presídios no país espalhando a ‘cartilha do PCC’.

Hoje, 19 anos após a primeira transferência de líderes da facção criminosa, o Brasil passa por uma crise no sistema penitenciário. Em Roraima, onde no começo deste mês 33 presos foram mortos, não havia nenhuma indicação de que a facção atuava no Estado até 2013. Porém, no mesmo ano, um dos membros do PCC, após passar por Rondônia, foi transferido para Roraima e fundou a filial no Estado.

Briga de facções

Desde outubro do ano passado, o Acre tem registrado várias execuções ligadas a brigas de facções criminosas que disputam território. No mesmo mês, uma rebelião dentro do Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde resultou na morte de 4 detentos e 19 feridos. Este ano, somente até o dia 15 de janeiro, a polícia registrou 28 homicídios no Estado.

 

A Gazeta do Acre: