Ao subir mais de um metro em menos de 24 horas, o Rio Acre atingiu o nível de 7,32 metros, de acordo com a Defesa Civil. Apesar de o nível estar longe dos 14 metros, que é a cota de transbordamento, as autoridades não descartam a possibilidade de uma enchente nos próximos dias em Rio Branco.
No sábado, 7, o nível estava em 5,21m, no domingo, 8, subiu para 6,22m e a previsão para os próximos dias é de subida. Em Rio Branco, cota de alerta é de 13,50 metros.
De acordo com o coordenador de Defesa Civil de Rio Branco, coronel George Santos, a possibilidade de uma enchente é levada em consideração e o município está pronto para colocar em prática as ações necessárias para momentos de calamidade como as cheias.
“Não descartamos a probabilidade de uma enchente, até porque há quase 10 anos que temos esses fenômenos. Apenas em um dos anos não tivemos transbordamento”, disse.
O Acre está na metade do período conhecido como inverno amazônico. Por esse motivo, existe um maior volume de chuvas na região.
De acordo com o pesquisador da Universidade Federal do Acre (Ufac), Alejandro Fonseca, janeiro e fevereiro são os meses mais chuvosos em Rio Branco.
“O aumento no nível das águas do Rio Acre depende das chuvas. Todos sabemos disso. No entanto, está chovendo de maneira normal e um pouco abaixo da média. Isso significa que o rio ficará dentro do seu comportamento normal. Lógico que existe o perigo de enchente com o aumento do nível fluviométrico nas nascentes, mas chove pouco em nossos afluentes como o Riozinho do Rola e em Xapuri”, detalhou.
Em novembro de 2016, o pesquisador meteorológico Davi Friale afirmou que há 90% de probabilidade que uma enchente assole o Acre nos primeiros meses do ano.
A previsão é de que nos próximos dias continuem as chuvas, especificamente nas cabeceiras do rio.
Rio Juruá ultrapassa cota de alerta
Em Cruzeiro do Sul, o Rio Juruá ultrapassou a cota de alerta, que é de 11,80 metros. Na manhã desta segunda-feira 9, o manancial registrou 12,18 metros. O alto nível do rio se deu porque em Marechal Thaumaturgo o rio subiu quatro metros em 30 horas e esse volume de água foi direcionado para Cruzeiro do Sul.
As famílias que residem em áreas alagadiças só são atingidas e removidas do local quando o manancial atinge a sua cota de transbordamento, que é de 13 metros.