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Presidente da Câmara de Vereadores prevê grandes desafios e planeja sessões itinerantes

 O ano de 2017 para o vereador reeleito e presidente da Câmara de Rio Branco (CMRB), Manuel Marcos (PRB), será de grandes desafios. Eleito com 14 votos para a presidência do parlamento mirim, o vereador terá que administrar a pluralidade composta pela mesa diretora, resgatar o prestígio do parlamento com a sociedade e aproximar ainda mais a Câmara da população, através das sessões itinerantes. Confira mais detalhes na entrevista a seguir.

A GAZETA – Como o senhor avalia que serão os próximos dois anos na presidência da Câmara de Vereadores de Rio Branco?

Manuel Marcos – É um desafio para nós. É o segundo mandado de vereador e já assumir a presidência da Casa é um grande passo. Mas temos que estar prontos para os desafios. Queremos fazer aqui uma gestão boa, que venha dar foco para a nossa Casa e que os 17 vereadores se sintam contemplados. Estamos reorganizando a Casa. É muita responsabilidade suceder o professor Roger Correia, que estabeleceu a legalização da Verba Indenizatória, que antigamente ele mesmo administrava e atendendo um pedido do Tribunal de Contas e do Ministério Público, foi legalizado. Atualmente, o vereador administra apenas o subsídio dele. Outro presidente foi o vereador Artêmio Costa que é funcionário desta casa e criou o Fundo Especial para construção da sede da Câmara. Então é bastante responsabilidade e de muito trabalho.

A GAZETA – Há uma boa expectativa para a Câmara Municipal em 2017?

Manuel Marcos – Temos hoje um quadro de parlamentares muito bom. Sempre cito o exemplo do Roberto Duarte, que é advogado renomado e conhecido em todo o Estado. Temos o Eduardo Farias, que foi deputado estadual, vice-prefeito e agora volta para esta Casa. Temos o N. Lima, um batalhador, oposicionista ao governo na Assembleia e agora vindo para a Câmara. Temos novidades como Raimundo Neném e a Elzinha Mendonça. São pessoas que eu acredito que podem contribuir muito com nosso parlamento.

A GAZETA – Quais são os projetos que devem ser realizados nos próximos dois anos?

Manuel Marcos – Nosso projeto visa aproximar a Câmara Municipal das comunidades em todas as regionais de Rio Branco, através das sessões itinerantes. A ideia é que a população conheça a função do vereador de fato e de verdade. Além de mostrar o que a Câmara está fazendo ou produzindo, queremos também ter a participação da população. Isso é fundamental. Uma vez por mês pretendemos colocar em prática esse projeto. O calendário está sendo montado. Vamos apresentar aos parlamentares e em breve será divulgado.

A GAZETA – Sobre a composição da Mesa Diretora, existem vereadores de diversos partidos, como o senhor pretende lidar com tanta pluralidade?

Manuel Marcos – Não podemos pensar no Partido A ou B. A Mesa Diretora precisa ter uma parceria coerente e voltada aos interesses não de partidos políticos, do prefeito ou pessoal, mas sim da instituição. Temos que pensar nos trabalhos e na proteção da Casa. Formamos uma mesa que todos os partidos se vissem contemplados. Atualmente são cinco cadeiras. Buscamos na oposição o PSDB, que tem a maior bancada, e nós escolhemos o vereador Clézio Moreira, que assim como eu está voltando para essa Casa. A vereadora Lene Petecão também voltou, mas veio como suplente após a Eliane Sinhasique assumir mandato na Assembleia Legislativa. O PT está representado por ter a maior bancada da Câmara com quatro cadeiras. Escolhemos o vereador Jackson Ramos para ser Primeiro Secretário. E na Frente Popular a segunda maior bancada é o PSL. Deixamos que o próprio partido escolhesse o representante, que foi o Juruna. Para fechar a composição, num primeiro momento, o nome do vereador Raimundo Neném do PHS, depois detectamos que se tratava de uma mesa composta só por homens e que seria válido a representação da mulher na composição. Foi aí que a vereadora Elzinha Mendonça aceitou representar o PDT e a classe feminina. Realizaremos uma gestão respeitando todos da situação e oposição e gostaria de reforçar que o único a ser beneficiado é o cidadão acreano.

A GAZETA – Como o senhor avalia o cenário político estadual e nacional?

Manuel Marcos – Espero que esse cenário de 2016 fique apagado na história da política. Ficou um clima ruim devido aos sucessivos escândalos envolvendo políticos. Hoje nós temos a missão de apagar isso com trabalho e espero que 2017 seja um ano de vitória para todos nós. E que possamos superar a crise política, institucional e, principalmente, a econômica do nosso país.

A GAZETA – Sobre o caso da condenação à prisão do vereador José Carlos Silva, o Juruna, já existe um posicionamento oficial da Casa?

Manuel Marcos – Situação delicada. Ainda não sentamos com o vereador para debater. Mas esse é um assunto que terá que ser resolvido pela Câmara. Vamos aguardar. Até mesmo para saber de que forma podemos resolver.

A GAZETA – Como o senhor falaria para a população sobre o papel do vereador?

Manuel Marcos – Vereador é um fiscalizador. Ele possui toda a autonomia para isso. Se ele apresenta um projeto que tem despesa para a prefeitura, ele precisa apresentar um anteprojeto. O vereador é um fiscalizador escolhido pela população para estar aqui na Câmara. E ele tem que desenvolver o seu papel que é fiscalizar o Executivo.

A GAZETA – Em 2016 alguns vereadores reajustaram o próprio salário, não foi o caso de Rio Branco, mas o que pensas a respeito?

Manuel Marcos – Nós poderíamos nos dar aumento, o nosso orçamento possibilitava o reajuste, mas entendemos que não era o momento, tanto que devolvemos quase R$ 900 mil para a prefeitura e 40% desse montante destinamos para o fundo que existe para a Câmara. O momento político que vivemos não é favorável. Foi unânime entre os parlamentares da legislatura passada. Estamos caminhando para o oitavo ano sem reajuste salarial. Enquanto isso, deputado federal e presidente já tiveram aumento. A nossa Constituição prevê que o salário de um vereador é de até 70% do deputado estadual. Temos margem para isso. Mas não era o momento adequado para a decisão. E em respeito ao clamor da população.

BOX:

A Mesa diretora será liderada por Manuel Marcos (PRB), vice Clézio Moreira (PSDB), 1º secretário Jackson Ramos (PT), 2º secretário Juruna (PHS), suplente da mesa e representando as mulheres, Elzinha Mendonça (PDT).

 

OLHO:

“Temos novidades como Raimundo Neném e a Elzinha Mendonça. São pessoas que eu acredito que podem contribuir muito com o nosso parlamento”

 

OLHO 1:

“Vereador é um fiscalizador. Ele possui toda a autonomia para isso. É um fiscalizador escolhido pela população para estar aqui na Câmara. E ele tem que desenvolver o seu papel que é fiscalizar o Executivo”.

 

OLHO 2:Realizaremos uma gestão respeitando todos da situação e oposição e gostaria de reforçar que o único a ser beneficiado é o cidadão acreano”

 

Histórico de Manuel Marcos

Manuel Marcos de Carvalho Mesquita é natural de Tianguá, no Ceará. Em 1991 casou com Regilene Mesquita na cidade de Manaus/AM, com quem tem dois filhos. Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. Chegou ao Acre em agosto de 2005. Foi coordenador do movimento Força Jovem do Estado. Em 2008, disputou pela primeira vez a um cargo eletivo como deputado estadual. Em 2009, assumiu a presidência do Partido Republicano do Brasil (PRB) no Acre, mantendo contato e portas abertas com a executiva nacional.

Em 2012, candidato a vereador, foi eleito com 1.863 votos. Como parlamentar, uma de suas bandeiras é a defesa da família, de transporte de qualidade para os moradores da Capital, da valorização dos servidores públicos e incentivador de empreendedores.

Nas eleições de 2014, Manuel Marcos coordenou a campanha do deputado federal Alan Rick e da deputada estadual doutora Juliana. Maior incentivador de novos nomes a disputarem as eleições de 2016, ano que obteve 2.863 votos, foi reeleito vereador da Câmara Municipal de Rio Branco.

 

 

A Gazeta do Acre: