Depois das duas rebeliões violentas em presídios de Manaus/AM e Boa Vista/RR, a Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp/AC) adotou medidas preventivas para evitar episódios semelhantes em Rio Branco. A principal delas foi de isolar 44 presidiários do Regime Disciplinar Diferenciado da prisão de segurança máxima Antônio Amaro Alves (UP-AAA). Os detentos são apontados por investigações da Polícia Civil como líderes de facções criminosas.
O secretário da Sesp/AC, Emylson Farias, em entrevista ontem a uma emissora de TV local, declarou que tal medida de isolamento está sendo tomada desde o ano passado, quando o Acre passou por rebeliões e sofreu uma onda de ataques de grupos criminosos organizados. A medida se fez necessária após a realização de revistas diárias nos presídios acreanos.
Também foi anunciado um reforço interno nas unidades penitenciárias de Rio Branco e em municípios do interior. No principal presídio de Rio Branco, o Francisco d’Olivera Conde (FOC), bem como o presídio Antônio Amaro Alves, foi adotado um esquema de atuação de policiais civis e militares, além de agentes penitenciários, em regime de 24h, por tempo indeterminado.
Estratégias semelhantes foram adotadas nas unidades prisionais de Cruzeiro do Sul, Senador Guiomard, Sena Madureira e Tarauacá. Em fevereiro, 120 aprovados em processo seletivo simplificado do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE/AC) devem aumentar ainda mais os reforços nestes unidades.
O secretário Emylson Farias informou que mais medidas foram tomadas no sentido de prevenir incidentes na proporção como os registrados nas capitais do Amazonas e de Roraima.