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Sesacre afirma que recurso apontado pela CGU como desviado foi usado para transportar pacientes do interior

Sesacre afirma que recurso apontado pela CGU como desviado foi usado para transportar pacientes do interior

 A Controladoria Geral da União (CGU), por meio de uma auditoria, identificou um desvio de finalidade de R$ 5,3 milhões dos cofres do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Acre. Outras capitais do país também apresentaram irregularidades. A Sesacre esclareceu que o recurso foi aplicado nos serviços aeromédicos de urgência e emergência, para atender pacientes no Vale do Juruá, principalmente, em municípios de difícil acesso.

O comunicado oficial ainda ressalta que a Sesacre apresentou um Termo de Ajuste Sanitário (TAS) para que o recurso encaminhado pelo MS permanecesse no Estado. “O Estado apresentou todas as justificativas e solicitou reconhecimento da aplicação da verba e, assim, foi solicitada a denegação da constatação apresentada pela CGU, mantendo o recurso no emprego de serviços de transporte de pacientes e na melhoria do atendimento.  Ressaltamos, por fim, que o governo do Acre tem atuado para que o atendimento de urgência e emergência seja mantido, agindo com a correta aplicação de recursos públicos e levando atendimento à população, esteja ela na cidade ou em locais de difícil acesso”, aponta o comunicado.

O serviço aeromédico não era reconhecido em protocolos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Diante disso, a Sesacre buscou junto ao Ministério da Saúde (MS) habilitar o serviço e ter anuência da utilização de recursos, detalhou a Sesacre.

“Tal solicitação, inclusive, foi recentemente validada pelo Ministério e, a partir disso, será expedida uma portaria autorizativa, permitindo contratar os serviços aeromédicos, regulados pela equipe do Samu nas situações supracitadas”, explicou.

O comunicado é finalizado afirmando que o governo do Acre tem atuado para que o atendimento de urgência e emergência seja mantido, agindo com a correta aplicação de recursos públicos e levando atendimento à população, esteja ela na cidade ou em locais de difícil acesso.

A auditoria apontou ainda que os recursos destinados para cursos e aperfeiçoamento dos profissionais do Samu não foram usados em algumas capitais do país. Segundo o levantamento, de 663 ambulâncias em todo o país, ao menos 151 estão fora de operação.

A diretora do Samu no Acre, Lúcia Carlos, afirmou que em todo o estado existem ao menos 36 ambulâncias, sendo que dessas, 30 estão em uso. Lúcia disse que o estado conta com um efetivo suficiente para atender à demanda, com 183 profissionais ao todo.

“Todas as nossas ambulâncias estão funcionando na rede, mas temos ao menos seis que estão muito antigas e colocamos como reserva técnica. Quebrar, elas quebram, mas quando isso ocorre, tenho umas da reserva para colocar no lugar. Quanto aos funcionários, nós não temos déficit e somente no ano passado, 60 profissionais foram para São Paulo fazer cursos”, afirmou a diretora.

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, o Samu tem 185 centrais de Regulação das Urgências, que atendem aproximadamente 2.944 municípios. O serviço é disponibilizado para cerca de 150 milhões de habitantes, o que corresponde a 74,59% da população brasileira.

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