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Deu no que deu

Nenhum cidadão de bem, independentemente de opções político-partidárias, tem o direito de torcer pela fórmula perversa do “quanto pior, melhor”.

Porém, não há como negar ou tentar escamotear que o caos ou tragédia que está acontecendo no Espírito Santo, onde o número de mortos já passou dos 100 com a greve da Polícia Militar, é mais uma consequência da crise política e institucional que se instalou no país com o golpe parlamentar.

Somando-se às chacinas ocorridas, recentemente, dentro dos presídios, no Amazonas, Roraima, Rio grande do Norte e a criminalidade que campeia pelo país afora, não há registro na história deste país de uma conjuntura tão caótica e fora de controle.

Tudo por conta de um governo fraco, vacilante, que a toda semana tem que trocar de ministros acusados de corrupção. No momento, por sinal, não consegue indicar o ministro da Justiça, que teria o papel e a obrigação de gerir essas crises e está sendo obrigado a colocar o Exército nas ruas para tentar manter a ordem.

Contudo, não foi falta de avisos. Analistas mais isentos, intelectuais, juristas e até um ministro do Supremo Tribunal Federal alertava, diariamente, durante o processo do impeachment ou golpe que não se mexe, impunemente, na ordem institucional de um país e deu no que se está assistindo.

A Gazeta do Acre: