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Apesar do policiamento reforçado novos atentados são registrados em Rio Branco e interior

 Pelo segundo dia, Rio Branco registrou ataques criminosos a prédio públicos. Desta vez, com alvos também no munícipio de Tarauacá. O governo contabiliza seis ocorrências.  Entre elas um incêndio em uma casa no bairro Montanhês, no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) no Aeroporto Velho, no Centro Cultura Lydia Hammes e em um comércio em Tarauacá, além de uma tentativa de homicídio também no bairro Montanhês

Ainda na quarta-feira, 15, dentro do terminal veículos ficaram estacionados durante o dia, prontos a atender qualquer pedido de apoio dos motoristas. A noite o policiamento extra da de 60 homens da Polícia Militar também contou com os veículos para fazer a segurança dos coletivos.

Até mesmo o helicóptero João Donato foi acionado para compor a frente de combate aos criminosos.

De acordo com o secretário de segurança pública, Emylson Farias, comentou que as tentativas de incêndio no Aeroporto Velho não têm características de organizações criminosas.

“Nós tivemos a noite mais tranquila dos últimos 360 dias na área policial. Estou falando de roubo, furto, homicídio, de tudo”, disse Emylson.

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Estado do Acre (Sindicol) estima que o prejuízo com os ônibus queimados na última terça-feira, 14, chegam a R$ 1 milhão. Desde os primeiros ataques, os coletivos estão seguindo viagem com policiais dentro.

Polícia realiza prisões e apreende grana caseira

Ao todo,15 pessoas foram presas pela Polícia Civil, em Rio Branco, e cerca de 30 mandados judiciais foram cumpridos por 120 policiais. A apresentação das pessoas presas aconteceu na manhã desta quinta-feira, 16.

Entre as pessoas presas, duas delas são suspeitas de incendiarem um ônibus no bairro Taquari. A dupla estava com revólver calibre 32, que, segundo a polícia, foi usado na ação.

Além das prisões, a polícia apreendeu também quatro armas, além de drogas, munições e uma granada caseira.

O delegado Nilton Boscaro, coordenou a ação policial, revelou que a polícia já vinha monitorando os suspeitos, que integram facções criminosas, e que independente dos ataques aos coletivos, os mandados seriam cumpridos.

“Todos os presos são suspeitos de participação em facções criminosas que atuam no estado e já têm passagens pela polícia. Assim que teve início essa onda de ataques criminosos, a Polícia Civil já começou a mapear alguns integrantes dessas organizações criminosas e conseguimos, junto à Justiça, alguns mandados de busca e apreensão que foram cumpridos nas últimas 24 horas, sendo que conseguimos tirar de circulação 15 criminosos”, apontou o delegado.

Entre os presos estão presidiários monitorados por tornozeleiras eletrônicas e outros que saíram do presídio há poucos dias.

Sobre a presença dos policiais nos ônibus, o major da Polícia Militar do Acre (PM-AC), Paulo Fernandes, confirmou que o policiamento vai continuar.

“É uma determinação expressa do comando geral. Todos os batalhões têm um oficial especificamente para cuidar dessas ações e nós vamos dar continuidade. Não só na capital, mas também no interior “, falou o major.

Varredura em presídio resulta na apreensão de 25 celulares nas celas do pavilhão K

Os agentes penitenciários iniciaram diversas varreduras no presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC). Nesta quinta-feira, 16, somente no Pavilhão “K”, é ocupado por integrantes da facção Bonde dos 13/PCC, foram apreendidos 25 celulares, 15 dos quais escondidos em marmitas, além de 30 armas artesanais e drogas.

Outras apreensões ainda podem acontecer nos próximos dias, visto que a operação continua. A ação faz parte de uma iniciativa dos Sindicato e da Associação dos Agentes Penitenciários do Estado, que convocou todos os agentes em férias ou licença para apoiarem o combate à criminalidade.

O presidente do Sindicato dos Agepens, Francisco Evangelista, confirma que a PM deu suporte e apoiou a ação de revista nas celas.

 

A Gazeta do Acre: