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Professores de escolas que não aceitarem ensino integral serão transferidos, diz SEE

 Os servidores e professores que trabalham em escolas que receberão o ensino integral este ano devem se adaptar às novas regras. Caso contrário, serão transferidos para outras instituições, segundo a Secretaria de Estado de Educação (SEE).

A princípio, sete escolas receberão o novo modelo integral. Alunos, servidores e professores devem permanecer na escola das 7h30 às 17h.

Trabalhando há 17 anos na escola Humberto Soares, a coordenadora pedagógica Rozi Meire Moraes afirma que muitos servidores estão sendo devolvidos, sem aviso prévio, para a secretaria por não corresponder ao perfil do ensino integral.

O coordenador geral de Gestão da SEE, Justino de Queiroz, explica que servidores e professores estão sendo incentivados a continuar trabalhando nas instituições. Porém, alguns apresentam resistência quanto às novas normas, estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC), do modelo de ensino integral.

“Nada foi imposto. Alguns servidores e professores não se sentem comtemplados dentro desse novo modelo porque estão acostumados com o sistema que sempre existiu. Alguns servidores não aceitam por isso a secretaria oferece outra escola. Ninguém está devolvendo, estamos transferindo para outras escolas. Estamos remanejando professores e pessoas do administrativo que não queiram ficar”.

Eleição para diretor

Outra reivindicação da coordenadora pedagógica é a eleição para diretor. Este ano, as escolas inseridas no ensino integral não devem ter votação para escolher os novos gestores. “A SEE quer burlar a Lei de Gestão e nomear o gestor da escola. Estão agindo com poderes ditatoriais, devolvendo professores, funcionários, burlando totalmente a Lei e o Estatuto do Servidor”.

Por outro lado, Queiroz esclarece que o MEC não permite processo eleitoral no primeiro ano devido ao processo de adaptação ao novo modelo de ensino. Segundo ele, o caso da escola Humberto Soares é ainda mais delicado, pois vinha passando por um processo de intervenção por parte dos alunos, pais e professores.

“Todos os diretores que foram eleitos pelo processo de certificação e estão dentro das escolas devem continuar. Ninguém está tirando nenhum diretor. A previsão é que as eleições aconteçam no próximo ano”, disse.

O coordenador de Gestão destaca que alunos, professores e diretor de escolas integrais serão avaliados periodicamente. “Se o Estado não cumprir a meta podemos perder as escolas de ensino integral. Esse novo modelo não permite reprovação, não permite indisciplina. Tem tudo para dar certo”.

Ensino integral no Acre

Este ano, sete escolas receberão o novo modelo. São elas: Escola Estadual José Ribamar Batista (Ejorb), Escola Jornalista Armando Nogueira, Escola Estadual Sebastião Pedrosa, Escola Estadual Boa União e Escola Humberto Soares da Costa. Os nomes de outros dois colégios ainda devem ser anunciados. O investimento é de R$ 28 milhões, sendo R$ 21 milhões investidos pelo Governo do Acre e os outros R$ 7 pelo Governo Federal.

 

A Gazeta do Acre: