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Senegalês cria ‘república’ para ajudar imigrantes que entram no Brasil pelo Acre

Muitos imigrantes ainda entram no país pelo Acre. Pensando em ajudar os conterrâneos, o senegalês Eraldi Dienge, 29 anos, decidiu alugar uma casa para acomodar os estrangeiros que passam pelo Estado. O local funciona como uma espécie de ‘república’ e abriga mais de 50 pessoas.

A ‘república’ já funcionava como casa de apoio antes do abrigo público, que ficava na Chácara Aliança desde 2014, ser fechado em março do ano passado. A casa está localizada no bairro Defesa Civil.

Dienge não cobra taxa de hospedagem para os outros imigrantes. Ele paga o aluguel do imóvel com ajuda do pai e com o dinheiro que consegue vendendo perfumes e chips de celular. Além de oferecer abrigo, o senegalês auxilia na retirada da documentação necessária como carteira de trabalho, passaporte e CPF.

Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre (Sejudh), Nilson Mourão, apenas imigrantes senegaleses ainda utilizam a rota pelo estado acreano. Ele afirma que a Sejudh continua monitorando a entrada dos imigrantes no Estado. Porém, não soube informar o número atualizado de estrangeiros.

“É um espaço alugado fundamentalmente pela comunidade senegalesa. Apenas senegaleses moram lá. Eles não interromperam o fluxo e continuam vindo. Eles vêm direto para a república. Lá, eles tem total autonomia”.

Mourão destaca que a secretaria não é responsável pelo apoio financeiro, mas orienta os imigrantes em algumas situações como, por exemplo, a retirada da documentação necessária. “Onde eles podem comprar mais barato, dúvidas pertinentes à documentação, e um ou outro problema que apareça que eles não tenham capacidade de resolver, aí recorrem à Sejudh”, concluiu.

 

 

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