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Servidores da Segurança Pública paralisam atividades para protestar contra PEC 287

 Agentes das polícias Civil, Federal, delegados e agentes penitenciários paralisaram as atividades durante 24 horas nesta quarta-feira, 8. O ato, que aconteceu em frente ao Palácio Rio Branco, visa protestar contra a PEC 287 – proposta de reforma da Previdência Social, que tramita na Câmara Federal.

Durante a paralisação, os servidores realizaram uma passeata e fecharam, por alguns minutos, as pontes Juscelino Kubitschek e Sebastião Dantas. Por causa do ato, apenas os serviços de flagrantes e oitivas de emergência foram feitos nas delegacias. Os atendimentos devem voltar ao normal nesta quinta-feira, 9.

O representante dos Policiais Civis do Estado do Acre (Sinpol/Ac), Railson Melo, explica que a paralisação faz parte de um movimento nacional contra a reforma da Previdência.

“Essa PEC é muito maliciosa para os policias, uma vez que, além de exigir uma idade mínima para aposentadoria, dificulta os critérios daquelas que exercem atividades de risco perigosas, assim como as insalubres”.

Melo afirma que proposta despreza as características de cada servidor. “Colocando todos os policiais com critérios que não são compatíveis com suas tarefas cotidianas. Por exemplo, a expectativa de vida de um policial é de 59 anos, enquanto a expectativa média dos demais membros do serviço público chega a ser de 75 anos. Não podemos nos calar diante dessa tentativa do governo federal de destruir os direitos dos servidores que foram construídos a custo de muita luta e suor”, relatou.

Sobre a PEC 287

Entre pontos propostos pela reforma estão 65 anos como idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres, sem diferenciação. A medida atinge os setores públicos e privados, à exceção dos militares.

Com a proposta, trabalhadores rurais deverão contribuir com o INSS e ter idade mínima de 65 anos como regra. Os militares também terão projeto de lei específico, e não deverão ser atingidos pelas mudanças. Já os policiais civis, seguem a regra nacional, de 65 anos de idade mínima e 25 de contribuição.

FOTO/CRISTINA CAETANO
A Gazeta do Acre: