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Negligência

Não foi por falta de aviso, mas preferiram negligenciar. Como era esperado, a BR-364 para Cruzeiro do Sul fechou.

Andei muito na rodovia desde 2011, quando o governador Tião Viana anunciou que a “espinha dorsal” do Acre nunca mais fecharia.

E Tião Viana trabalhou muito para honrar a palavras. Várias foram às idas na BR. Diversas foram as viagens e brigas por recursos a Brasília.

Em 2014, a BR passou a ser cuidada pelo DNIT. Infelizmente, optaram por desconsiderar a importância do limite de pesos para atender aos interesses de comerciantes inescrupulosos. E deu no que deu.

Mas, mesmo a rodovia estando sob a responsabilidade de um órgão federal, Tião Viana não ficou despreocupado. Em 2015, conseguiu R$ 80 milhões para obras emergenciais.

Ano passado, antes de ser covardemente golpeada, a presidenta Dilma Rousseff assegurou outros R$ 230 milhões.

Dilma foi arrancada covardemente do poder. Aqueles que apoiaram o golpe foram a Cruzeiro do Sul, dentre ele o senador Gladson Cameli, prometer muito trabalho e uma rodovia perfeita. Não foi o que se viu.

O mundo real é que nada do que foi assegurado por Dilma, a pedido do governador Tião Viana, veio. O que chegou, até onde eu sei, foram R$ 10 milhões, recurso insuficiente para tapar “um buraco de dente”. Esse dinheiro, aliás, é fruto de emenda de bancada para o anel viário de Brasileia, do qual Tião Viana abriu mão.
O prejuízo está com a população.

Para finalizar, lembro que o então superintendente do DNIT para o Acre e Rondônia, Sérgio Mamany, declarou que a rodovia foi construída de acordo com as regras da engenharia e contou com a supervisão do órgão.

Seguindo o raciocínio de Mamany, e para não fazer juízo de valor, sempre acreditando na seriedade e competência das nossas empresas, destaco que a ruptura ocorreu na ponte sobre o Igarapé da Cigana.

A obra foi executada, originalmente, pela Etam, lá pelos idos da década de 1997. A segunda intervenção aconteceu pelas bandas de 2009, pela Colorado.

Leo de Brito, Deputado Federal (PT/AC)

A Gazeta do Acre: