O Acre perdeu um grande líder: Wildy Viana das Neves, pai do governador Tião Viana e do senador Jorge Viana. Nascido em 26 de abril de 1929, em Brasileia, Dico, como era chamado por familiares e amigos, estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), desde a última quarta-feira, 1º.
Casado com Silvia Macêdo das Neves, Wildy também era pai de Silvia Viana e Wildy Viana Filho (in memorian). Aos 87 anos, seu Wildy enfrentava diversos problemas de saúde, que resultaram na internação. Devido a um quadro agudo de insuficiência respiratória (doença pulmonar obstrutiva crônica), foi a óbito nesta segunda-feira, 13.
Ainda quando morava em Brasileia, Wildy foi radiotelegrafista. Mais tarde, ingressou no cenário político acreano, em que teve uma louvável atuação.Começou sua carreira política sendo eleito vereador em Rio Branco, em 1963, pela União Democrática Nacional (UDN). Em 1965, com o bipartidarismo, filou-se à extinta Arena (Aliança Renovadora Nacional).
Em janeiro de 1966, quando presidia a Câmara Municipal de Rio Branco, assumiu a Prefeitura de Rio Branco, após a cassação do prefeito Aníbal Miranda. Deixou o cargo em julho e foi eleito deputado estadual, sendo reeleito nos anos 1970 e 1974.
Em 1978, quando o cunhado Joaquim Macedo (in memorian) foi nomeado governador biônico do Acre pelo presidente Ernesto Geisel, Wildy foi eleito deputado federal e reeleito pelo Partido Democrático Social (PDS), em 1982. No governo de Flaviano Melo, foi secretário de Agricultura, período em que já havia desistido de disputar cargos eletivos.
Seu legado na política foi continuado pelos filhos, Jorge e Tião Viana, de quem se orgulhava muito. Sua integridade, caráter, honradez, honestidade e dom de servir sem esperar recompensa, além de uma capacidade de amar incondicionalmente a família, foram as maiores lições que Wildy deixou para a família.