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Após ter nome de facção escrito em muro, agente tem carro incendiado

Uma agente penitenciária, que não teve o nome divulgado,  teve o carro e a casa alvos de ataques na madrugada desta terça-feira, 7, em Cruzeiro do Sul.

A Polícia Militar também não divulgou o bairro por questão de segurança. De acordo com a PM, era por volta de meia-noite, quando o carro da servidora foi incendiado e a casa também sofreu uma tentativa de incêndio. Moradores informaram que viram um homem em um motocicleta saindo do local.

Dias antes do ataque, no muro da casa da agente, foi escrito o nome de uma facção criminosa que atua no Acre.

O delegado responsável por investigar o caso, Lindomar Ventura, explica que não é descartada nenhuma hipótese, mas também garante que qualquer afirmação nesse primeiro momento é prematura.

“Estamos esperando a perícia no local e buscando informações para tentar chegar na autoria desse caso. Não tem nenhuma evidência clara que nos faça fazer essa afirmação [de que o ataque está ligado a facções criminosas], mas a investigação tem que se aprofundar nesse quesito. Mas, pode ser vandalismo ou alguma situação antiga”, pondera.

O delegado afirma ainda que existe um grupo que se aproveita da ação de grupos criminosos para disseminar pânico na cidade.

“A gente tem que citar que a gente tem percebido, nas últimas semanas, crimes que não vemos ligação direta à facções. Também não podemos ligar tudo à briga de facções”, esclarece.

Porém, o presidente da Associação do Sistema Penitenciário (Asspen/AC), José Janes, tem o caso como mais uma represália ao trabalho desenvolvido pela categoria dentro do sistema penitenciário.

“É devido ao nosso trabalho no presídio. A gente faz o procedimento correto, então temos esse tipo de represália e estamos aguardando uma resposta do governo. A gente vai fazer uma paralisação nos próximos dias porque não estamos suportando mais isso, porque ninguém mais aguenta. É o que estão pedindo, não estamos aguentando trabalhar sem apoio. É melhor deixar a chave para os presos tomarem conta da cadeia. O governo precisa dar uma resposta imediata a isso”, critica Janes.

Dados da associação apontam que, desde janeiro, cerca de 15 agentes penitenciários foram vítimas de alguma tipo de ataque. “Sem contar as ameaças que são inúmeras”, completa. O reflexo disso, ainda segundo a categoria, é que muitos agentes estão sendo obrigados a saírem de suas casas, muitas vezes própria, por conta de ameaças sofridas por criminosos.

Ataque em Senador Guiomard – Também na madrugada desta terça, a casa de um agente penitenciário foi alvo de tiros em Senador Guiomard, no interior do Acre. A associação também não informou mais detalhes sobre a ação por questão de segurança, mas é possível ver as marcas de balas na porta e paredes da casa do agente.

Foto/DIVULGAÇÃO
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