No fim do jogo entre Rio Branco e Galvez, que terminou em empate em 1 a 1, neste domingo, 26, o técnico do Estrelão, Cristian de Souza, e outros três torcedores se envolveram numa briga. O jogo foi válido pela quinta rodada do Campeonato Acreano.
Com a camisa ainda rasgada e o joelho machucado, o torcedor José Carlos Fernandes, 56 anos, contou a versão dele para o que teria acontecido.
“Meu filho disse que ele [o técnico] iria cair. Ele veio numa velocidade danada. Eu tentei tomar a frente aqui e ele me pegou pela blusa e puxou. Meu filho tropeçou e caiu e ele chutou meu filho no chão”, relembrou.
Ele estava acompanhado do filho Warlen Silva, 20 anos e do sobrinho Cássio Moraes Santos, 17 anos.
O torcedor afirmou ainda que não teria sido uma briga, já que eles não teriam tentado agredir o técnico. “Em momento nenhum a gente tentou agredir. Estou nessa situação porque tentei defender meu filho”, confirmou.
Já, Cristian rebateu a acusação e alega que apenas se defendeu. “Eu tinha saído do vestiário e estava conversando com o Carlinhos e parte da direção, quando esses três sujeitos vieram na minha direção com palavras de baixo calão, com várias ofensas. Houve um empurra daqui, um empurra dali, e eu não ia deixar pra ser agredido e acabei me defendendo”.
O treinador afirmou que o direito do torcedor ele acaba ali nos limites da partida. “Agora quando a coisa vira pra outro lado aí eu não vou deixar minha cara a tapa. A gente se defende. No momento que a gente está fora do campo de jogo e acontece esse tipo de agressão, então eu apenas me defendi”, disse ele.
Os envolvidos foram parar na Delegacia de Flagrantes. O diretor de futebol Carlinhos Farias negou que tenha sido negligente. Segundo ele, logo que notou a confusão, interviu e como o número de torcedores era grande, decidiu tirar o treinador do local para resguardar sua integridade física.
Segundo Carlinhos, os torcedores adentraram uma área restrita e abordaram o técnico. “Realmente foi um fato deprimente. O torcedor tem todo direito de cobrar resultados, protestar, dentro do contexto do jogo, ou seja nas arquibancadas. Agora, adentrar na área restrita de imprensa, jogadores e dirigentes, não pode. Abominamos a violência, principalmente nos estádios de futebol. Também lamentamos a atitude desses torcedores que agrediram o treinador com palavras de baixo calão”, comentou.