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Escola é invadida e alunos são feitos reféns na zona rural de Rio Branco

Alunos e funcionários da Escola da Floresta Roberval Cardoso viveram momentos de pânico na madrugada desta quinta-feira, 9. A instituição, localizada no km  20 da  Estrada Transacreana, zona rural de Rio Branco, foi invadida e cerca de 37 pessoas foram feitas reféns.

Os suspeitos levaram celulares, roupas, perfumes, joias e uma motocicleta de um dos alunos.

Na manhã desta quinta, as vítimas estiveram na Delegacia da 3ª Regional de Polícia Civil, no bairro Sobral, para registrar o boletim de ocorrências. Ao G1, a diretora da instituição Maria Lúcia disse que tinha dois vigilantes e cerca de 32 alunos internos, além de outros funcionários. A escola oferece cursos de agroindústria e agropecuária e a maioria dos alunos é do interior do estado.

“Nunca tinha sido assaltado. Não bagunçaram a escola, pegaram vários objetos dos alunos e levaram. Levaram as chaves do colégio e também a chave de uma motocicleta de um funcionário. Vou ter que trocar todas as fechaduras”, confirmou a diretora.

O aluno de agroindústria Ivan Lima, de 25 anos, contou que os suspeitos estavam armados e com capuz no rosto. O estudante relembrou que os suspeitos os ameaçaram, caso alguém chamasse a polícia e fugiram na motocicleta do aluno.

“Abordaram o vigia que estava na guarita e, logo em seguida, desceram para o quarto do monitor. Fizeram refém os dois e desceram para os alojamentos onde estávamos dormindo. Fizeram a monitora bater na porta e falar para abrirmos”, detalhou.

Além da ameaça, os criminosos teriam agredido alguns dos alunos. Lima acrescentou também que um dos suspeitos mandou um aluno a pedir mais segurança para a polícia.

“Queriam chamar a atenção da polícia. Disseram que era bom a gente  protestar e pedir mais segurança para nós. Tocaram o terror, bagunçaram com a gente”, reclamou.

Leonel Mendes, de 23 anos, também foi rendido e ameaçado durante o assalto. Ele teve celular, relógio, roupas e um perfume roubado pelos criminosos. Mendes é morador da cidade de Brasileia, no interior do Acre, e estuda agroindústria no colégio.

“Tentei cooperar. Estavam nervosos e feriram outros amigos meus. Nunca tinha acontecido isso. É difícil você está dormindo e ser acordado assim. Fico sem chão e abalado”, comentou.

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