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Lourival Marques destaca os desafios para 2017 e fala também sobre a reeleição

 Saúde, Educação, Segurança Pública. Esses têm sido alguns dos temas debatidos pelo deputado estadual Lourival Marques (PT), no plenário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Em conversa com a equipe do jornal A Gazeta, o parlamentar falou sobre seu mandato e as expectativas para 2017.

Considerado um dos deputados mais atuantes no último ano legislativo, o parlamentar não descarta a possibilidade de concorrer à reeleição, mas frisa que sua atenção neste momento está voltada em cumprir seu papel como deputado estadual perante a população.

Para o terceiro ano de mandato, Lourival destaca que irá se dedicar mais a essa de Comissão de Legislação Agrária. “Essa Comissão discute todo o setor produtivo do Estado, desde investimentos, assistência técnica ao crédito bancário. Existem muitos recursos do governo federal e precisamos fazer com que os bancos liberem esses credito para os produtores com mais agilidade. Eu vou utilizar essa ferramenta do parlamento para, juntos com os demais deputados, solicitar mais empenho por parte dessas instituições na liberação desses créditos”.

Marques falou ainda sobre a aprovação do PCCR dos técnicos agrícolas. “Quem é responsável pela qualidade do alimento que chega a nossa mesa merece respeito e foi exatamente isso que buscamos quando buscamos a aprovação do PCCR”.

Confira a entrevista:

A GAZETA – Qual a expectativa para 2017?

Lourival Marques – Iniciamos o ano com tranqüilidade. A eleição da mesa diretor no final de 2016 e a posse para um segundo mandato do presidente Ney Amorim nos deu essa tranqüilidade. A condução da Aleac pelo presidente Ney Amorim tem sido sempre de muito dialogo, tratando os assuntos de oposição e de situação com muita responsabilidade. Isso mostra maturidade do parlamento e faz com que nós deputados possamos levar os debates sem brigas, sem disputas internas, com foco nos temas importantes para os cidadãos.

A GAZETA – Sua atuação tem sido das mais elogiadas na Aleac. Quais os pontos positivos que o senhor destacaria?

  1. M. – Quando me candidatei busquei a defesa de um setor que acredito ser de grande importância para a economia do estado do Acre que é o setor rural. Meus debates, minhas defesas, meus pedidos para o governo do estado e também os meus questionamentos perante a oposição é que esse setor, que envolve muita gente, é o que trás alimentos para as cidades e que tem ainda muito a crescer. O Acre tem 88% da sua floresta ainda em pé e somente 12% estão sendo explorados e mal explorada. Precisamos fazer investimentos em tecnologia e contratação de bons profissionais. Então o meu debate dentro da Assembléia tem sido isso. Tenho procurado apresentar e aprovar projetos reivindicados por esse setor. E claro quero poder contribuir dentro do mandato não só nessa área. Quero trabalhar também numa área ligada a juventude, fortalecer a questão da formação profissional por exemplo. O parlamento é uma experiência nova para mim que saí do executivo para o legislativo e a cada dia aprendemos e buscamos fazer com que o mandato possa colaborar com o futuro do Acre.

A GAZETA – O senhor teve uma participação importante no debate acerca do PCCR dos técnicos agrícolas. Fale um pouco sobre isso.

  1. M. – O Plano de Carreira, Cargos e Remuneração visa prover os técnicos agrícolas de uma nova estrutura de carreira, cargos e vencimentos. A conquista do PCCR mostra o respeito que o governo tem pelo setor rural. São eles que estão ao lado do produtor rural dando assistência técnica. Fiz um esforço concentrado nesse debate, pois, sei da importância desses profissionais para setor rural. Quem é responsável pela qualidade do alimento que chega a nossa mesa merece respeito e foi exatamente isso que buscamos quando buscamos a aprovação do PCCR.

A GAZETA – Qual o foco para o terceiro ano de mandato?

  1. M. – No primeiro ano acabei assumindo algumas responsabilidades e aprendi bastante. Durante um ano e meio fui presidente da Comissão de Orçamento e Finanças e durante um ano fiquei na presidência da Comissão de Legislação Agrária. No segundo ano sai para assumir a Seaprof aceitando um convite do governador Tião Viana. Para 2017 quero me dedicar mais a essa de Comissão de Legislação Agrária que discute todo o setor produtivo do Estado, desde investimentos, assistência técnica ao crédito bancário. Existem muitos recursos do governo federal e precisamos fazer com que os bancos liberem esses credito para os produtores com mais agilidade. Eu vou utilizar essa ferramenta do parlamento para, juntos com os demais deputados, solicitar mais empenho por parte dessas instituições na liberação desses créditos. Se eu conseguir nesse ano de 2017 avanço na redução dos prazos de contratação e liberação desses recursos eu acredito que terei ajudado o setor da produção com o qual me comprometi em defender.

A GAZETA – A Aleac tem cumprido um papel importante no desenvolvimento do Estado. Qual avaliação que o senhor faz das atividades da Aleac?

  1. M. – A Assembleia Legislativa é uma casa que fiscaliza as ações do governo do estado, aprova projetos do executivo, projetos individuais de cada parlamentar e a gente vê muita participação dos deputados nas Comissões. Isso é muito positivo. Essa legislatura tem conduzido os trabalhos de forma que todos os deputados possam participar tanto nas comissões, como nos debates no plenário da Casa. Isso tem fortalecido cada deputado e também a própria Assembléia. Mas acredito que precisamos levar a Assembléia para os municípios, para interior, assim como para os debates setoriais para que possamos atender as expectativas dos nossos eleitores e elevar a qualidade de nossa atuação como parlamentar.

A GAZETA – O senhor se afastou da Aleac e voltou a estar à frente da Seaprof durante um período de tempo. Como foi a experiência?

  1. M. – Primeiramente passei pela Seaprof e fiquei três anos e três meses como secretário e junto com o governador Tião Viana conseguimos muito investir. Isso me alegrou muito porque ele me deu as condições necessárias para trabalhar. Na minha vinda para o parlamento, trouxe a experiência do executivo e muita vontade de colaborar com esse setor, solicitando mais investimentos, mais assistência técnica, apoio na aplicação dos créditos. O governador fez uma escolha na composição da equipe que assumiu a Seaprof em 2015 e essa equipe não estava agradando então ele me pediu que voltasse por um curto período de tempo para poder restabelecer os programas que estavam planejados. Eu aceitei porque eu vejo a importância da economia rural para o Acre e não pode ser deixada de lado. Assumi e fiquei cinco meses. Foi suficiente para o planejamento das ações para o período 2017/2018. Isso refletiu positivamente tanto que o secretario Neto Thaumaturgo tem quase S$ 140 milhões em recursos para executar as ações nos próximos dois anos. Tudo fruto da responsabilidade da equipe da Emater, Seaprof e Cageacre que visualizou a necessidade de mostra o potencial dessa secretaria.

A GAZETA – Sentiu falta do parlamento estadual?

  1. M. – Fui eleito para ser deputado então tenha compromisso com meus eleitores de continuar o mandato. Não sai da Seaprof para ser deputado e depois voltar a ser secretário. Fui numa circunstância no qual o governador Tião Viana solicitou meu apoio para resolver aquela situação. E tenho muita gratidão por ele ter essa confiança em mim, mas a minha responsabilidade é com a população rural, com a população das cidades que me elegeram e por isso retornei a Assembleia.

A GAZETA – O senhor já decidiu se concorrerá a reeleição?

  1. M. – Não sou candidato a governador, não sou candidato a senador e muito menos a deputado federal. Então estarei trabalhando junto com as nossas lideranças e junto com as pessoas que me acompanham para continuar no mandato.

A GAZETA – Como estão os debates em torno da eleição de 2018 dentro da Frente Popular?

  1. M. – É um momento difícil para Frente Popular. Não teremos mais o Jorge Viana como candidato a governador ou o Tião Viana, então estão sendo discutidos nomes para governo e para as duas vagas do senado. Essa discussão esta acontecendo em torno da união dos partidos e somente depois virá à decisão de nomes. Creio que nos próximos três ou quatro meses já vamos ter nomes para concorrer tanto ao governo do estado quanto ao senado aprovados pela cúpula da Frente Popular.

A GAZETA – E quanto ao seu partido, o debate já iniciou?

  1. M. – Dentro do PT já foi feito essa conversa internamente. Estamos trabalhando para que possamos ter novamente o Jorge Viana candidato a reeleição e estamos trabalhando o nome do deputado Ney Amorim também para concorrer à vaga de senador. São duas vagas, o eleitor poderá escolher dois nomes. Jorge Viana e Ney Amorim são duas pessoas com muita responsabilidade e compromisso com o Acre. Claro que essa é uma discussão interna do partido. Claro que depois essa discussão será levada para os outros partidos que compõem a Frente Popular para discussão se esse dois nomes serão mesmo os candidatos.

 

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