A discussão sobre educação integral está cada vez mais presente na agenda das escolas brasileiras, principalmente as públicas. Inserida nos projetos políticos de governos, os conceitos e práticas inerentes a esse modelo educacional ganharam mais força no debate pela melhoria da qualidade do ensino no país.
No Acre, para fazer a educação integral acontecer, o governo do Estado está fazendo investimentos na ordem de R$ 28 milhões, dos quais R$ 7 milhões são contrapartida do governo federal e outros R$ 21 milhões, de recursos próprios do Estado.
Oito escolas irão funcionar em tempo integral: Instituto de Educação Lourenço Filho, Humberto Soares, Armando Nogueira, Boa União, Glória Perez, Sebastião Pedrosa e José Ribamar Batista (Ejorb), localizadas em Rio Branco.
A meta é atender inicialmente 3.760 alunos. Com matrículas abertas, ainda sobram 493 vagas. As aulas iniciam no próximo dia 3 de abril. Apenas a Escola José Ribamar Batista preencheu as vagas oferecidas.
“A proposta das Escolas Jovens não é apenas o aumento da carga horária. De outro modo, temos um investimento do Estado em uma outra proposta pedagógica que dialoga com o projeto de vida de cada jovem, tendo como pilares excelência na formação acadêmica e na formação para vida baseada nas competências que todo cidadão deve ter no século XXI”, é o que afirma a diretora de ensino da secretaria de Educação, Rúbia Cavalcante.
Ela afirma ainda que nessa modalidade de ensino os alunos terão práticas experimentais em diversos laboratórios. E os professores, por sua vez, terão dedicação exclusiva e serão bonificados por isso.
Experiências inovadoras
Como forma de tornar o ensino mais atraente algumas disciplinas serão optativas. Irá constar também na grade curricular experimentações em laboratórios, construção e participação de projetos sociais que ajudem a comunidade.
“É o princípio educativo operado através de práticas e vivências. É a criação de espaços, oportunidades e condições capazes de possibilitar aos estudantes envolver-se em atividades direcionadas à solução de problemas reais desenvolvendo a capacidade de iniciativa, de atuação colaborativa a partir de seus próprios percursos com o apoio dos educadores e de outros estudantes”, frisou Rúbia Cavalcante.
Nesta primeira etapa, apenas o ensino médio será contemplado. Por se tratar de um processo de construção demorado, e que no Acre começou muito antes, com a formação dos professores, a ideia é que para 2018 essas escolas se estendam para o ensino fundamental e para a zona rural.
Escolas e as vagas que sobram
Armando Nogueira: 1º Ano – 18 vagas; 2º Ano – 2 vagas; e 3º Ano – 2 vagas
Glória Perez: 2º Ano – 12 vagas
Boa União: 1º Ano – 40 vagas
Sebastião Pedroza: 1º Ano – 6 vagas; e 3º Ano – 11 vagas
Lourenço Filho: 2º Ano – 105 vagas; e 3º Ano – 15 vagas
Humberto Soares: 1º Ano – 180 vagas; 2º Ano – 62 vagas; e 3º Ano – 50 vagas