Vários trabalhadores liderados por sindicalistas protestaram na manhã desta quarta-feira, 15, contra a PEC 287 que trata da reforma da Previdência e caso seja aprovada trará mudanças significativas no atual sistema previdenciário do Brasil. A concentração ocorreu na praça em frente ao Palácio do Governo e depois os trabalhadores seguiram para o Terminal Urbano que ficou fechado por cerca de 20 minutos.
Representantes de vários movimentos sociais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Acre (Sintect/AC), Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (SinproAcre), Sindicato do Fisco Estadual do Acre (Sindifisco/AC), Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Agentes Penitenciários, entre outros, também compareceram ao protesto.
Os protestos ocorreram por todo o país sendo chamados pelos manifestantes como o Dia Nacional de Paralisação e Mobilização contra as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo do presidente Michel Temer.
Entre outras mudanças, a reforma da Previdência proposta pelo governo Temer que tramita no Congresso Nacional prevê, entre outras coisas, idade mínima de aposentadoria de 65 anos e contribuição previdenciária por um período de 49 anos.
Já a reforma Trabalhista, prevê além da carga horária, outras mudanças em vista são a forma de remuneração, o parcelamento das férias e o trabalho em home office.
De acordo com a presidente do Sindicato do Fisco Estadual do Acre (Sindifisco/AC), Leyla Alves, foi extremamente importante a categoria junto a outros trabalhadores no protesto contra a reforma da Previdência que ocorreu no Brasil inteiro.
“A população precisa ser conscientizada de que não existe déficit previdenciário e sim superávit. Esse foi o primeiro passo que alguns sindicatos deram para mostrar que o povo tem uma força enorme quando unidos na luta por seus direitos”, confirmou Leyla.
O presidente do Sintect/AC, Edson Pinheiro, destacou que a categoria reivindica também o fechamento de agências no país, demissões e sucateamento da empresa.
“Os trabalhadores dos Correios estão hoje aqui para, além da categoria ser contra a Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista, também somos contra o fechamento de mais de 250 agências no Brasil, contra demissões que os Correios estão fazendo, contra o sucateamento que a empresa está sofrendo. Tudo isso está impactando na prestação de serviço de qualidade para a população”, afirmou.
Rosana Nascimento, presidente da CUT destacou que a classe trabalhadora está insatisfeita com a reforma e que os trabalhadores são os mais prejudicados. “É um movimento contra a ‘PEC da Morte’ que tira o direito do povo brasileiro de se aposentar”.