A pedido do deputado estadual Antonio Pedro (DEM), a Comissão de Saúde Pública e Assistência Social da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou uma audiência pública, na última sexta-feira, 31, em Brasiléia. Entre as pautas debatidas durante o encontro, a principal foi o andamento das obras do Hospital Regional de Brasileia.
Além dos deputados estaduais e da prefeita do município de Brasiléia, participaram também do evento representantes da promotoria de Xapuri, Brasileia e Epitaciolândia, gestores das unidades hospitalares, representantes da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) e sociedade civil organizada.
De acordo com o autor do requerimento, Antonio Pedro lembra que o hospital começou a ser construído em 2013, porém, a obra ainda não está conclusa. “Essa é uma causa muito importante, pois saúde pública é uma prioridade e temos visto uma deficiência nessa área. Espero que a partir daqui tenhamos bons resultados e que os problemas sejam resolvidos”, pontuou Antonio Pedro.
Durante a audiência, o democrata lembrou que o Hospital Raimundo Chaar tem atendido além da capacidade. “Já fui ao hospital de Brasileia, o Raimundo Chaar, várias vezes. Toda vez que saio de lá me preocupo com a situação. A unidade tem atendido além da capacidade e isso preocupa, pois, o hospital não possui uma estrutura adequada. Por isso insistimos tanto na celeridade do término do Hospital Regional”.
O parlamentar pediu celeridade no término da obra. “Sabemos da dificuldade financeira que todo o país enfrenta. A crise econômica é uma realidade, porém, como se trata de saúde, não podemos fechar os olhos. É o momento de todos os políticos se unirem nessa causa e lutar para que os recursos sejam liberados e finalmente a população usufruir de um bom serviço. Acredito que depois dessa audiência pública teremos mais celeridade na construção do Hospital”.
Hospital Raimundo Chaar
A gerente geral do Hospital Raimundo Chaar em Brasiléia, Maria Alice, confirmou as dificuldades no atendimento, porém, frisou que os profissionais se desdobram para atender com qualidade os pacientes que chegam ao hospital. “Entendemos das dificuldades em que se encontra o hospital atualmente, mas, os profissionais se desdobram para fazer os atendimentos da unidade”, disse ao comentar ainda sobre a visita as obras do novo hospital.
“Fizemos uma visita recente no local da obra do novo hospital e vimos que está bem avançado, pois acreditamos que quando estiver funcionando 100%, toda a regional estará sendo contemplada com que tem de melhor (…), e podemos então anunciar que, de dezembro de 2017 a março de 2018, a população do Alto Acre, que a nova unidade estará sendo colocada a disposição da população”.
Até o momento a obra do novo hospital de Brasiléia já custou aos cofres públicos cerca de R$ 70 milhões de reais.
Comissão de Saúde da Aleac
Para o presidente da Comissão de Saúde da Aleac, deputado Raimundinho da Saúde (PTN), os setores municipal e estadual da Saúde precisam mostrar unidade na resolução do problema. “Precisamos trabalhar as competências dos setores municipal e estadual da Saúde e lutarmos por mais celeridade nas obras do Hospital de Brasileia, que teve suas obras iniciadas há três anos e até então não foi entregue. A população clama por um hospital novo, pois a população precisa disso, uma vez que, o hospital que está atendendo tem sua estrutura totalmente precária”.
O vice-presidente Comissão de Saúde, Nelson Sales (PV), por sua vez, ressaltou que o parlamento estadual, por meio da Comissão está buscando uma mediação entre a comunidade, classe política e setores responsáveis pela. O objetivo é fazer com que a obra seja conclusa o mais rápido possível.
“Houveram avanços na Saúde da capital, mas nos municípios faltam muitas coisas, inclusive, condições de trabalho para os profissionais. Muitos cidadãos precisam recorrer ao Ministério Público para terem suas necessidades na área de saúde atendidas e isso precisa ser corrigido o quanto antes”.
Por fim, a Comissão de Saúde se comprometeu em elaborar um documento elencando os problemas citados ao longo da audiência e, posteriormente, será entregue ao Governo do Estado para as devidas providencias.