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Daniel Zen fala sobre escolha de seu nome para presidir o diretório regional do PT

 Com a eleição da presidência do Partido dos Trabalhadores se aproximando, o deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Daniela Zen (PT), em conversa com a equipe do jornal A Gazeta, falou como seu nome foi suscitado para concorrer à vaga.

Zen esclarece ainda a saída de Cesário Braga da disputa não gerou nenhum contratempo dentro do partido. Não ocorreu um racha dentro do partido. São apenas boatos (…)O próprio Cesário concordou com isso, bem como o diretório e nossas lideranças maiores também.

Ele fala sobre os avanços no Acre e seus principais projetos ao longo desse tempo em que está deputado estadual.

Em âmbito nacional, o parlamentar falou a respeito da possível candidatura do ex-presidente Lula a Presidência da República. Ele acredita na vitória do petista.

Por fim, o deputado ressaltou acerca da cassação da chapa Dilma-Temer. “Se você entender que houve abuso de poder econômico por parte da chapa Dilma-Temer, a mesma conclusão deveria ser feita para a chapa do opositor Aécio neves e todos os outros candidatos”.

Confira a entrevista:

A GAZETA – Como ocorreram os debates em torno da escolha do seu nome para presidir o diretório regional do PT?

Daniel Zen – O primeiro nome suscitado para assumir a presidência foi o do Cesário Braga, porém, depois alguns debates, houve o entendimento da nossa tendência de apresentar uma alternativa e foi aí que meu nome passou a ser abordado. O próprio Cesário concordou com isso, bem como o diretório e nossas lideranças maiores também. Foi uma decisão de consenso e contou com a aprovação do próprio Cesário. Eu não teria aceitado essa posição se ele não tivesse concordado. Estamos nos dedicando agora a dialogar com os diretórios municipais da mesma forma que fizemos quando foi para apresentar o nome do Cesário.

A GAZETA – Procede a informação de que houve um racha no PT em decorrência dessa troca de nomes?

  1. Z. – Não ocorreu um racha dentro do partido. São apenas boatos. O que ocorreu foi que alguns diretórios municipais ainda não estavam cientes da mudança. A notícia foi para na imprensa antes de realizarmos todas as conversas com os diretórios. Na hora em que o companheiro que está lá no interior, que não está participando do debate aqui, descobre uma mudança através da imprensa e não de suas lideranças, ele fica incomodado. Porém, já estamos explicando aos nossos companheiros a mudanças e os motivos, e as pessoas estão compreendendo.

 

A GAZETA – Como estão os debates em torno da eleição ao governo do Estado em 2018?

  1. Z. – Até o momento existem quatro pré-candidatos. Não ocorreu ainda nenhuma escolha definitiva, embora muitas pessoas venham dizendo que o escolhido foi o prefeito Marcus Alexandre e que os outros nomes foram citados apenas para tirar o foco dele. O que posso dizer é que todas as pré-candidaturas são para valer. Qualquer um dos quatro nomes que foram citados são capazes de fazer um bom governo. O debate está apensas começando. Da minha parte o que posso dizer é que se for chamado para a missão, aceito o desafio.

A GAZETA – Diante de uma crise política e econômica, tem sido difícil ser líder do governo?

  1. Z. – Acredito que estamos tendo um diferencial nessa situação. Quando olhamos os indicadores do governo Tião Viana, percebemos que são muito melhores do que os governos anteriores. Claro que o trabalho anterior foi apenas continuado. E cada um teve sua marca registrada e teve sua contribuição para o crescimento do estado. Este governo colocou a economia na agenda prioritária. É um momento difícil e que traz dificuldade para o líder do governo? Nem tanto porque vejo o quanto o Acre se desenvolveu.

A GAZETA – Qual a maior dificuldade em ser líder do governo?

  1. Z. – Às vezes a maior dificuldade está no embate da guerra da comunicação, pois, a oposição e os veículos da imprensa que são mais alinhados a eles tendem a fazer prevalecer uma narrativa que lhes é favorável. Nós, da situação tentamos trabalhar com a verdade dos fatos, sempre. O Acre pode não ser o Jardim do Éden, mas também não podemos dizer que não melhorarmos. Melhoramos sim. Basta olhar os dados IBGE, Ipea, Inep. Existe resultado as ações do governo, por isso não tenho dificuldade em fazer a defesa do governo.

A GAZETA – Fale um pouco sobre os teus projetos na Aleac e a expectativa para 2017.

  1. Z. – Mesmo estando à frente da liderança do governo sempre busquei não esquecer as minhas atribuições do meu próprio mandato. Procuro sempre dividir meu tempo entre as tarefas que tenho como líder e parlamentar. Nesses dois primeiros anos de mandato consegui colocar para frente uma agenda estava posta desde a campanha.

Podemos citar o Plano Estadual de Educação. Esse era um dos carros chefes de campanha e conseguimos aprová-lo. A Lei de Gestão Democrática das Escolas Públicas também foi outra grande vitória, onde conseguimos aprovar uma lei mais moderna. A Lei de Bolsas Educacionais que acabou dando viabilidade para o programa quero ler.

Esse ano, estamos trabalhando no processo de reforma da Constituição. Nosso objetivo é entregar ao final dessa legislatura uma Constituição atualizada, moderna e que possa ajudar as políticas públicas.

A GAZETA – Você acredita na vitória do ex-presidente Lula, caso se candidate a presidência, mesmo tendo sido citado em alguns escândalos no país?

  1. Z. – Sim. Acredito que o ex-presidente Lula tem grande chance de vitória. Ele foi responsável por tirar milhões de brasileiros da miséria. Muitas famílias conseguiram migrar para classe média a partir de programas sociais como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Luz Para Todos, Fies, Prouni. Lula proporcionou uma política de inclusão social, de diminuição da desigualdade social. A pessoa pode até odiar o Lula, mas isso não tira deles o mérito do que fez.

Infelizmente, existe uma verdadeira cassada contra ele. Já que não conseguiram inviabilizá-lo do ponto de vista das urnas, estão agora tentando do ponto de vista jurídico e até mesmo moral. Mas, diante de toda essa perseguição, ainda acreditamos em uma possível vitória.

A GAZETA – Você considera correta a cassação da chapa Dilma-Temer?

  1. Z. – Tem ocorrido um debate desonesto acerca do financiamento de campanha. Se você entender que houve abuso de poder econômico por parte da chapa Dilma-Temer, a mesma conclusão deveria ser feita para a chapa do opositor Aécio neves e todos os outros candidatos. Se a campanha de Dilma foi irregular, todas as outras também fora, haja vista terem seguido o mesmo modelo, portanto, se alguma ação deve ser tomada, defendo o cancelamento do pleito de 2014, toda a eleição. Todas as chapas receberam recursos dos mesmos locais. Repito, se uma chapa está incorreta, todas estão.

 

A Gazeta do Acre: