Há um mês começava o desaparecimento misterioso do jovem Bruno Borges. O caso repercutiu rapidamente por todo o país por meio das redes sociais. O jovem sumiu no dia 27 de março e deixou, no quarto da casa onde mora em Rio Branco, uma estátua do filósofo Giordano Bruno (1548-1600), além de 14 livros criptografados.
Devido às circunstâncias do sumiço do jovem, muitas teorias já foram debatidas, mas, para a família, a angústia da falta de notícias tem sido um sentimento presente nos últimos 30 dias.
“Infelizmente, todo dia é mais um dia de angústia. A gente está torcendo para que isso acabe logo, para que possamos voltar a viver normalmente”, comentou o empresário Athos Borges.
Ainda de acordo com a família, cinco livros já foram decodificados. Segundo a irmã do jovem, Gabriela Borges, a tradução da obra deixada por Bruno é interessante.
“Não parecem ser sequenciais. São livros de ciência, filosofia, ocultismo, física quântica, bem a área que ele realmente gosta. São interessantes.”
Athos também contou que três amigos da família estão ajudando a traduzir os livros de Bruno. Quanto ao conteúdo do trabalho, o pai do jovem disse que o plano é publicar o significado dos registros apenas após o término da decodificação.
“Por enquanto, não vamos dizer nada sobre o conteúdo dos livros, só quando terminarmos a tradução de todos eles. Aí, sim, pensaremos em divulgar as mensagens escritas por Bruno.”
Gabriela também disse que a família está vivendo um dia de cada vez. “Infelizmente, ainda não temos nenhuma notícia. Estamos vivendo um dia de cada vez e sempre aguardando confiantes que, com muita oração, Deus vai tratar de trazê-lo de volta”, disse.
As investigações sobre o paradeiro do jovem continuam, segundo o secretário de Polícia Civil do Estado do Acre, delegado Carlos Flávio Portela.
“Tudo indica que ele saiu voluntariamente e não foi vítima de nenhum crime. Temos investigado. Nós checamos todas as informações e mantemos contato com a família dele, mas ele pode estar em qualquer lugar, seja nas proximidades ou em países vizinhos. Fazemos incursões para checar locais de difícil acesso e seguimos o rastro do jovem até ele desaparecer. Também advertimos as pessoas sobre a necessidade de enviar informações se souberem de algo”, destacou o secretário.