O embaixador do Peru no Brasil, Vicente Rojas, chegou a Rio Branco no último sábado, 1º, e nesta segunda-feira, 3, cumpriu extensa agenda. A primeira foi com o governador Tião Viana. É a primeira vez do embaixador no Acre.
Na ocasião, foram discutidos agendas entre os dois países de acordos ambientais e possibilidades econômicas, principalmente na região de fronteira.
O Peru teve um papel fundamental em 2014, durante a cheia história do Rio Madeira que isolou o Acre por via terrestre, e durante esse período produtos de primeira necessidade foram importados do país vizinho. Após esse período alguns acordos continuam vigente até hoje.
O embaixador Vicente Rojas, em sua primeira visita ao Acre, completa: “O comércio é uma via de ida e volta. Não somente o pescado, mas creio que podemos fazer intercâmbio comercial em todas as áreas. E podemos trabalhar outros temas como a infraestrutura, a saúde. Há muitos temas para avançarmos juntos”.
Atualmente, o Peru já um comprador do peixe acreano pela empresa Peixes da Amazônia, enquanto o Acre recebe principalmente leguminosas. Mas a intensão é que os acordos comerciais cresçam exponencialmente, com a possibilidade do Acre exportar suínos da Dom Porquito e milho.
Nesta terça-feira, 04, a comitiva segue para Assis Brasil, para a realização de um encontro na ponte internacional entre os governadores do Acre, da Região Madre de Dios, os Prefeitos de Assis Brasil, Iñapari e Iberia.
Devem ser tratados nesse evento questões técnicas e comerciais serão discutidas entre os países, principalmente envolvendo as vantagens do uso da Rodovia Transoceânica.
Na quarta-feira, 5, acontece uma reunião do embaixador com o presidente da FIEAC e empresários locais.
Importância dessa agenda
A vinda do embaixador peruano ao Acre não se restringiu a negócios entre os dois países. Um intercâmbio cultural também foi discutido, principalmente nos aspectos literários e gastronômicos.
Durante o encontro com o governador acreano foi defendida questões técnicas entre os países, como a agilidade de procedimentos burocráticos relacionados a falecimentos de estrangeiros e a possibilidade de usar a carteira de habilitação brasileira no país vizinho. Atualmente só se aceita o passaporte ou a carteira de identidade.
“Eles não reconhecem a carteira de motorista que é um documento de identidade com o mesmo valor. São medidas que podem ser tomadas, eles também devem ter reclamações da nossa burocracia que podemos melhorar e podemos estar unidos vencendo obstáculos”, destacou Tião Viana.