Ao todo, foram mais de 100 pinturas em diversos pontos da capital, incluindo escolas, espaços e prédios públicos, a Estação de Tratamento de Água (ETA) e reservatórios, por meio do projeto Águas Sagradas, entre outros. A iniciativa contou com apoio do governo do Estado e Prefeitura de Rio Branco.
De acordo com um dos organizadores do evento, José Junior, o encontro superou as expectativas. “A ideia era reunir só artistas daqui, mas acabamos recebendo muitos artistas do Brasil, Peru e Bolívia”, relata.
Sobre o grafite apagado no Mercado dos Colonos, ele afirmou: “Só nos proporcionou ter uma primeira ação como coletivo, que foi constatar por qual motivo e por quem foi apagado. Recebemos, ainda, toda a sensibilidade do governo e prefeitura dizendo que não compactuavam com isso sem sermos avisados”.
Momento de união
Grafiteiro há três anos, o artista boliviano Andres Azeñas destaca o que o chamou atenção durante o evento: “O compartilhamento, a troca de experiências e esse bom convívio entre a galera”.
Detalha, também, sobre o que aproveita nesses intercâmbios. “Aprendemos muito sobre a tradição e cultura de cada lugar, e assim as trazemos para nossa arte. Aqui tivemos a chance de pintar grandes personalidades locais que ouvimos falar, como Chico Mendes e Lhé, entre outros”, diz Andres.
Programação cultural
Além de artes nas ruas, a iniciativa ofereceu bate-papos, workshops e shows desde seu início, no último sábado, 25.
Outras atividades foram o lançamento do Coletivo de Artes Urbanas Acreano (Caua) e do Guia de Artes Urbanas, que aponta aos moradores e visitantes os locais em que há grafite pela cidade, contando a história e estilo de cada um dos artistas.