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Tudo contaminado

A rigor, em um país civilizado, democrático, o fato poderia até suscitar alguma atenção, mas não tamanha polêmica e beligerância como deve acontecer hoje com o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, que preside a controversa Operação Lava Jato.

Tudo por conta da contaminação política e partidária com que os operadores da operação, procuradores da Justiça, delegados federais e o próprio magistrado vêm conduzindo o processo de forma seletiva, colocando em questão o próprio trabalho que fizeram ao desmontar o esquema de corrupção que grassava na Petrobras.

Contudo, com objetivos claramente políticos e partidários, querem a todo custo inviabilizar a provável candidatura do ex-presidente Lula em 2018, sem apresentar provas reais, limitando-se à compra de um “pedalinho” em um sítio ou de um apartamento que em momento algum pertenceu à família do ex-presidente. E por último, por força de ameaças e sabe-se lá mais o que, tortura psicológica, talvez, apelaram para as famigeradas delações premiadas de alguns corruptos presos.

Como tudo na concepção estrábica desses personagens é “organização criminosa”, como qualificar também essa afronta aos mais elementares princípios do Estado Democrático de Direito e da Justiça?

A Gazeta do Acre: