A Peixes da Amazônia, empresa acreana de aliança público-privado-comunitária, está com pedidos da China, Espanha, Holanda, Argentina, Uruguai e Estados Unidos. Com qualidade e inovação, o pescado acreano possui potencial de estar nos mercados mais importantes do mundo. Por isso, em 2017, a empresa está com forte trabalho de apresentação de seu histórico e produtos em feiras internacionais e nacionais.
Nesta semana, de 2 a 5 de maio, o grupo estará na APAS Show, conhecida como a maior feira supermercadista no mundo, em São Paulo, organizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas).
A temporada de feiras começou em março, com a participação na Seafood Expo Global edição de Boston, Estados Unidos, e depois a de Bruxelas, na Bélgica, na última semana. Em setembro, a empresa acreana participa de uma feira de alimentos na China. “Este ano já estamos mais preparados para apresentar a empresa e seus produtos no mercado internacional. Temos uma experiência ocorrendo já no Peru, mas este mercado é muito amplo”, afirmou Fábio Vaz, diretor da empresa.
Vaz explica que a chegada no mercado é pautada pela participação nas feiras de pescados ou alimentos em geral e cita como exemplo os pedidos já feitos por distribuidores de diversos países. As vendas da Peixes seguem evoluindo positivamente. Comprovando a qualidade do produto, tanto no peixe fresco quanto nos cortes, a demanda aumentou na exportação para o Peru e no mercado brasileiro.
“Tivemos uma boa surpresa após a Semana Santa. Nesse período é normal cair o número de pedidos, mas tivemos um aumento na Peixes da Amazônia. O Peru está levando 20 toneladas de pescado por semana, passando de um cliente para três agora”, disse Vaz.
Já no Brasil os pedidos passaram de 15 para 30 toneladas, de cortes variados.
Mercado mundial
O consumo mundial per capita de pescado chegou a um novo recorde de 20 kg em 2014, contra 19,2 kg em 2012. Na década de 1960, era de 9,9 kg per capita. Esse retrato foi divulgado no ano passado pelo State of the World Fisheries and Aquaculture (Sofia), publicação bienal da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU).
O Acre está de olho nessa crescente e trabalha para alcançar esse mercado. “Com apoio do governo do Estado, que construiu mais de cinco mil açudes, e deu vida ao projeto da Peixes da Amazônia, a produção passou de duas toneladas, em 2011, para seis toneladas em 2015, o que movimentou mais de R$ 45 milhões”, disse Inácio Moreira, presidente da Agência de Negócios do Acre (Anac), acionista da Peixes da Amazônia.
A Peixes tem conseguido aumentar a cada ano a qualidade de seus produtos, em parceria com os diversos piscicultores do estado, e com isso se tornar interessante para outros países.
“O mercado está com muita vontade de peixes novos, diferentes dos que já estão sendo comercializados há muito tempo, como tilápia, salmão e atum, por exemplo. Apresentamos então um peixe da Amazônia com ótimo sabor e aparência e isso é importante para o mercado. Buscamos esse caminho, ter produto saudável e inovador”, explica Fábio.