16 de maio de 2025
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • POLICIA
  • Geral
  • POLÍTICA
  • Colunas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

16 de maio de 2025
Sem resultados
View All Result
Jornal A Gazeta do Acre
Sem resultados
View All Result

Senador Jorge Viana comemora aprovação da PEC que torna estupro crime sem prescrição

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
13/05/2017 - 16:14
Senador Jorge Viana comemora aprovação da PEC que torna estupro crime sem prescrição
Manda no zap!CompartilharTuitar

 Em 1971, a jovem Inês Etienne, que lutava contra o regime militar, foi levada até a Casa da Morte: uma estrutura montada em Petrópolis para torturar opositores à ditadura. Entre as torturas enfrentadas por Inês uma delas marcou o resto de sua vida: o estupro.

O Ministério Público Federal apresentou denúncia contra o acusado de estuprar Inês Etienne, mas um juiz de Petrópolis não acatou a denúncia, destacando, entre outros argumentos, a prescrição do crime, ou seja, Inês não teria denunciado a tempo o estuprador.

O crime sofrido por Inês ainda é extremamente comum no Brasil.

De acordo com dados do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em novembro de 2016, no Acre, foram registrados 524 estupros em 2015, uma média de 65,2 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, sendo a taxa mais alta no país.

Em todo o Brasil foram notificados 45.460 estupros ao ano e outras 6.988 tentativas, nesse mesmo ano. O número revela que foram 22,2 casos para cada 100 mil habitantes. Segundo a análise, considerando somente os boletins de ocorrência registrados, ocorreu um estupro a cada 11 minutos e 33 segundo no Brasil (uma média de cinco pessoas por hora).

Porém, de acordo com dados do IPEA, mais de 500 mil estupros ocorrem por ano no país, dados em projeção, já que incluem muitos que nem chegam a ser denunciados. Ainda segundo o IPEA, a estimativa é que apenas 10% dos casos de estupro são notificados.

RECEBA NOTÍCIAS NO CELULAR

Crime hediondo

O crime de estupro é hediondo e inafiançável, ou seja, de extrema gravidade. Mas, apesar disso, é um crime prescritível, ou seja, pode perder o direito de ação na justiça se passar muito tempo desde a prática do crime.

No sentido de evitar a impunidade, o senador Jorge Viana (PT) apresentou uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que torna o estupro um crime imprescritível. A matéria foi apreciada na última terça-feira, 9, no plenário da Casa Legislativa e aprovada em primeiro turno. A PEC ainda precisará ser votada em segundo turno antes de ir para a Câmara dos Deputados.

A matéria

A PEC 64/2016 faz o estupro figurar, ao lado do racismo, como crime “inafiançável e imprescritível”. Isso significa que o crime poderá ser punido mesmo depois de muitos anos, ou seja, não haverá prazo legal para que a vítima possa fazer a denúncia e o agressor possa ser processado e condenado, se for o caso.

A PEC vale para os crimes de estupro (art. 213) e estupro de vulnerável (art. 217-A) do Código Penal. Para os dois casos, a pena pode chegar a 30 anos, se o crime resultar em morte da vítima.

Atualmente, esse prazo é de 20 anos, após o qual, mesmo que a vítima denuncie, o autor do crime não pode mais responder por ele. A lei atual estabelece que o estupro é crime inafiançável e hediondo, o que agrava a pena e reduz o acesso a benefícios relacionados à execução penal.

Para o autor da matéria, é importante a imprescritibilidade, pois, muitas vezes o crime é tão brutal que a vítima demora a ter coragem para denunciar.

“Tem mulheres que sofrem o estupro quando ainda são muito jovens e só vão ter coragem para denunciar quarenta anos depois, quando viram avós. Então, se a gente mandar um recado para os criminosos, dizendo: ‘olha, se cometer um crime de estupro, não importa quanto tempo passe, você vai pagar por ele’, eu acho que a gente ajuda a melhorar a nossa sociedade”, explica o senador.

Outro ponto citado por Jorge Viana é o receio das vítimas de sofrer preconceito ou superexposição. “Isso porque é comum que a vítima seja covardemente responsabilizada pelo estupro sofrido, seja pelo fato de ter bebido, pelo horário em que estava na rua, pela roupa que vestia ou pela maneira como dançava”, diz.

Viana pontua que essa medida permitirá que a vítima tenha tempo para refletir e criar coragem para fazer a denúncia. “É preciso observar, todavia, que a coragem para denunciar um estuprador, se é que um dia apareça, pode demorar anos. Diante desse quadro, propomos a imprescritibilidade do crime de estupro. Essa medida, por um lado, permitirá que a vítima reflita, se fortaleça e denuncie, por outro lado, contribuirá para que o estuprador não fique impune”.

Relatora

Apesar das punições já mais duras, a relatora da matéria, senadora Simone Tebet (PMDB-MS), disse que o estupro não se iguala a outros crimes hediondos que têm prazo de prescrição. Segundo ela, o que diferencia esse tipo de violência de um crime como homicídio, por exemplo, é o fato de que a denúncia leva muito mais tempo para ser feita no caso do estupro.

“O que diferencia e o que permite a imprescritibilidade do crime de estupro é o lapso temporal que existe entre o ato cometido, entre o crime, e o tempo que se leva para que a mulher tenha a coragem de denunciar. Imagine quando ela tem que denunciar o companheiro, o pai, o padrasto, o tio. Imagine quando acontece com crianças de 2, de 3, de 5, de 8 anos de idade”, afirmou.

Além dos casos de crianças e de situações em que o abuso ocorre dentro do ambiente familiar, há ainda as situações em que as vítimas têm vergonha de denunciar porque sofrem preconceito a respeito do local em que estavam ou da roupa que estavam usando, na opinião da senadora.

Esse ponto também foi levantado por Jorge Viana (PT-AC). “Quando uma mulher vai denunciar que sofreu um estupro ela vira vítima de novo, porque perguntam que roupa ela estava usando, se ela tinha bebido, então até isso nós vamos ter que mudar”, afirmou.

Debates e apoios

Ao longo do trâmite da matéria o senador petista debateu junto à sociedade sobre a importância da aprovação da PEC. Um dia antes da proposta ser votada em primeiro turno, o senador petista, em parceria com a Rede Acreana de Mulheres e Homens, realizou um debate no Acre.

Na ocasião, a secretária adjunta da Mulher, Lidiane Cabral, afirmou que a PEC 64 dá esperanças às mulheres brasileiras: “Para nós mulheres é uma conquista, vamos fazer a defesa desta lei para que ela seja sancionada, pois existe uma cultura de estupro que nos violenta diariamente. Não podemos esquecer que o agressor é agressor independente do tempo que o crime ocorreu”.

A coordenadora da Rede Acreana de Mulheres e Homens (Ramh), Joci Aguiar, pontuou sobre a importância do debate. “Isso é um avanço para as mulheres porque a cada dia aumenta mais o número de vitimas no nosso Estado e em todo o Brasil. Isso é uma vergonha, e é ainda maior, quando a sociedade diz que a culpa é sempre da vítima”.

Para a coordenadora do Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular (CDDHEP), Raimunda Bezerra, falou sobre a impunidade dos agressores. “A medida é de certa forma uma ação mais repressiva para esse tipo de criminalidade, pois quando a mulher tiver a possibilidade de se defender ela saberá que a justiça realmente será feita”.

Ainda em votação

A PEC 64/2016 deverá ser apreciada ainda em segundo turno no Senado Federal. Após a votação será encaminhada a Câmara de Deputados onde também será apreciada em turnos e, posteriormente, a sanção presidencial.

Senador Jorge Viana comemora aprovação da PEC que torna estupro crime sem prescrição

Compartilhe:

  • WhatsApp
  • Publicar
  • Threads
  • Telegram
  • E-mail

Siga 'A Gazeta do Acre' nas redes sociais

  • Canal do Whatsapp
  • X (ex-Twitter)
  • Instagram
  • Facebook
  • TikTok



Anterior

Policial federal que matou jovem em boate consegue na Justiça direito de frequentar bares e casas noturnas

Próxima Notícia

Loja de baterias pega fogo na avenida Antônio da Rocha Viana

Mais Notícias

Sem registros de Influenza Aviária, Acre reforça vigilância e prevenção
6º destaque

Sem registros de Influenza Aviária, Acre reforça vigilância e prevenção

16/05/2025
Comitê de Cultura Acre leva formações para impulsionar a cena cultural em municípios de difícil acesso; veja como se inscrever
Destaques Cotidiano

Comitê de Cultura Acre leva formações para impulsionar a cena cultural em municípios de difícil acesso; veja como se inscrever

16/05/2025
Acreana atacada por cão em Ji-Paraná sofre ameaças nas redes após eutanásia de animal
2º destaque

Acreana atacada por cão em Ji-Paraná sofre ameaças nas redes após eutanásia de animal

16/05/2025
Pacto EJA: No Acre, 86,4% das redes de educação já aderiram à política; prazo para adesão termina nesta quarta, 31
1º destaque

Educação para todos: EJA abre mais de 100 unidades para matrículas em todo o Acre

16/05/2025
Mudança na linha de ônibus do Calafate: Novo trajeto começa a valer na segunda
Destaques Cotidiano

Vereadores de Rio Branco aprovam por unanimidade pagamento de transporte público via Pix

16/05/2025
Mercado financeiro eleva previsão da inflação de 4,63% para 4,71%
4º destaque

Inflação em Rio Branco sobe 0,55% em abril e tem 4ª maior alta entre as capitais

16/05/2025
Mais notícias
Próxima Notícia
Loja de baterias pega fogo na avenida Antônio da Rocha Viana

Loja de baterias pega fogo na avenida Antônio da Rocha Viana

Mães

Jornal A Gazeta do Acre

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre

  • Expediente
  • Fale Conosco

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Polícia
  • Geral
  • Política
  • Colunistas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
  • Receba Notícias no celular
  • Expediente
  • Fale Conosco

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre