Cerca de 400 taxistas marcaram presença na sessão de quinta-feira, 4, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para protestar contra as ações fiscalizatórias da Agência Reguladora de Transportes do Acre (Ageac) à categoria. Munidos de cartazes e gritos de guerra, os profissionais pediram o apoio dos deputados para colocar fim ao que eles classificam como ‘indústria de multas’.
Em conversa com os deputados estaduais, a categoria frisou que a proibição, devido à lei estadual, de buscar passageiros em suas residências e de pegarem pessoas ao longo das rodovias federais, estaria afetando financeiramente muitos taxistas. Eles criticam ainda a obrigatoriedade da emissão de bilhete de passagem e as constantes multas.
“Nossa reivindicação é pelo direito de trabalhar. Estamos pagando taxas e sofrendo abusos com as multas aplicados pela Ageac, que nos proíbe de pegar passageiros ao longo da estrada. Não podemos, por exemplo, deixá-los em casa, nem em lugar algum da cidade e ainda somos obrigados a emitir bilhete de passagem”, disse ao pontuar ainda a recusa dos passageiros em fornecer os dados para emissão dos bilhetes, destacou Talisson Marques, presidente do Sindicato dos Taxistas de Epitaciolândia.
“O problema é que os passageiros se recusam a preencher os dados, isso nos deixa em uma situação difícil. Como vamos obrigar os passageiros a fornecer seus dados? Não somos contra a legalização e, sim, estamos lutando pelo direito de trabalhar”.
O presidente da Aleac, deputado Ney Amorim (PT), ao declarar apoio à categoria, ressaltou que o parlamento estará buscando uma solução ao problema. “Esse é o papel desta casa, dialogar com as categorias, intermediando da melhor maneira possível junto ao governo do Estado. Fico feliz em saber que os taxistas entendem que este Poder pode representá-los nesta causa. Nos esforçamos diariamente para atender bem todas as categorias que aqui chegam. Iremos acionar as nossas Comissões e vamos trabalhar para dar todos os encaminhamentos necessários acerca das reivindicações da categoria”, garantiu.
Ao final da reunião foi criado um grupo de trabalho para dar continuidade aos debates e, dessa forma, discutir uma solução viável aos questionamentos da categoria. “Formamos uma frente de debate no qual estão inclusos deputados, vereadores e representantes dos sindicatos dos taxistas intermunicipais. O próximo passo é marcar uma reunião com a Ageac e discutir alguns pontos de gargalos que precisam ser resolvidos”, finalizou.