Além do espaço para os debates acerca do desenvolvimento sustentável, o 14º Fórum de Governadores da Amazônia Legal proporcionou aos gestores um contato direto com representantes dos ministérios de Meio Ambiente, Justiça e Turismo. Uma oportunidade para que os governadores pudessem cobrar explicações e sugerir mudanças em alguns setores importantes para o desenvolvimento da região.
Foi isso que fez o governador Tião Viana ao questionar o ministro Marx Beltrão, do Turismo, sobre a possibilidade de uma nova concorrência pública para que empresas aéreas do exterior possam explorar o serviço aéreo brasileiro. Ele sugeriu também que o governo federal tente intermediar a criação de novas rotas para a aviação na Amazônia.
“O ministro apontou uma sensibilidade, quer desenvolver a mídia regional, está chamando empresas de voos fretados, tentando articular com grandes empresas e abrir esse mercado. Nós temos que fazer isso para que o Brasil não seja prejudicado com a perda de bilhões de dólares que podem ajudar na economia nacional”, afirmou Tião Viana.
Rachel Moreira, secretária de Turismo do Acre, explica que já há um movimento de secretários de Turismo e de Comunicação que tentam articular junto ao governo federal mais investimentos para o desenvolvimento da região amazônica.
“A campanha de promoção da Amazônia cumpre uma lacuna importantíssima para os estados. A região tem um incrível potencial e isso precisa ser mostrado e conhecido por todos”, lembrou Rachel Moreira ao mencionar a campanha Brasil+Turismo Amazônia.
O ministro Marx Beltrão aproveitou o fórum para apresentar um novo serviço do governo federal. O Visto Cidadão vai desburocratizar a emissão de autorizações para entrada de chineses, americanos, canadenses, japoneses e catalães no Brasil.
“Muita gente do exterior vem à Amazônia, e nós precisamos aproveitar ao máximo essa peculiaridade. Com o Visto Cidadão, os estrangeiros poderão ter sua entrada no Brasil autorizada em até 48 horas. Segundo a Organização Mundial do Turismo, nós teremos um crescimento de 25% no setor. Esse fator exige que estabeleçamos outras rotas para a aviação”, pontuou Beltrão.