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Vereador Emerson Jarude avalia primeiros meses de mandato e destaca principais ações

 Em conversa com a equipe do Jornal A GAZETA, o vereador Emerson Jarude (PSL) falou sobre seu mandato e as expectativas para 2017. Jarude é o 9º vereador mais bem votado desta última legislatura.

Já nos primeiros dias de mandato, o jovem vereador disse que agiria de forma independente no parlamento municipal, o que gerou lhe muitas críticas. Depois de três meses de mandato, ele afirma que já conseguiu o respeito dos colegas de parlamento. “Muitos que criticavam meu posicionamento, hoje, aceitam e respeitam a minha atitude. Meus colegas de parlamento também já aceitaram também”.

Com relação aos projetos apresentados nesse perídio, Emerson destaca a Caravana da Fiscalização. “São realizadas visitas nos bairros de Rio Branco com o objetivo de identificar as necessidades na infraestrutura, creches, escolas municipais e postos de saúde”.

Por fim, o vereador comentou sobre o processo de cassação do vereador Juruna. Ele nega que o Conselho de Ética tenha errado ao intimar Juruna para apresentar sua defesa.

Confira a entrevista:

A GAZETA – No início do seu mandato você se declarou uma parlamentar independente, o que gerou muitas críticas. Como tem sido trabalhar e manter esse posicionamento na Câmara?

Emerson Jarude – No começo havia uma dúvida por parte da população e também daqueles que já estão na política há muito tempo se é possível fazer esse caminho da independência. Com o tempo fomos mostrando que é possível ser independente e votar de acordo com os anseios da população sem, necessariamente, declarar-se situação ou oposição. Muitos que criticavam meu posicionamento, hoje, aceitam e respeitam a minha atitude. Meus colegas de parlamento também já aceitaram também.

A GAZETA – O PSL chegou a cogitar a possibilidade de requerer o mandato devido você não seguir as diretrizes da sigla. Questão resolvida?

  1. J. – Já é um assunto resolvido dentro do partido. Entrei em contato com o PSL nacional que deu total ao poio a minha situação. Hoje, tenho carta branca para trabalhar sem nenhum impedimento e nenhuma amarra. Vou manter essa linha de independência. Acredito que assim represento a população da melhor forma possível.

A GAZETA – Quais projetos o senhor destacaria nesses três primeiros meses de trabalho na Câmara de Vereadores?

  1. J. – Destaco a redução de 40% da diária dos vereadores. Essa matéria causou um pouco de polemica, mas creio que seja necessário, tendo em vista que diante de um cenário de crise econômica da qual vivemos, o Poder Público deve realizar suas funções com o menor custo possível.

Outro que acho importante destacar é a plataforma virtual para acompanhamento das obras. É fundamental que o cidadão consiga fiscalizar diretamente o poder público. Caso algo passe despercebido pelos vereadores, à população atenta poderá ajudar na fiscalização.

Tivemos também uma proposta inicial de redução de algumas verbas inerentes ao mandato de vereador. O Poder Legislativo também tem o dever de cortar gastos mediante ao cenário de crise.

A GAZETA – Fale um pouco sobre a Caravana da fiscalização?

  1. J. – Através da Caravana da Fiscalização são realizadas visitas nos bairros de Rio Branco com o objetivo de identificar as necessidades na infraestrutura, creches, escolas municipais e postos de saúde. A primeira fase do projeto é dedicada aos problemas da infraestrutura, quais sejam asfalto, iluminação, limpeza e saneamento básico. Atualmente estamos visitando os bairros da regional 2 da cidade.

A GAZETA – Qual avaliação você faz desses primeiros meses de trabalho da Câmara Municipal?

  1. J. – Muito produtiva. Inclusive, alguns jornalistas até comentaram que está melhor cobrir os trabalhos na Câmara de Vereadores do que a Assembleia Legislativa. Isso mostra que estamos fazendo um bom debate. Isso tem sido positivo para a Casa. Temos vereadoes com formação acadêmica em várias áreas e isso, sem dúvidas, qualifica o debate. A população merece nossa dedicação.

A GAZETA – Como você recebeu a notícia de que seria suplente na CPI dos Transportes?

  1. J. – A instalação dessa CPI foi um imbróglio. Quem acompanhou o início do debate pôde notar uma nítida manobra do presidente da Casa, pois, a FPA poderia perder tanto a presidência quanto a relatoria. Caso isso acontecesse a CPI estaria nas mãos dos reais interessados em investigar o assunto. Então, ele retiraram o PSL, não digo nem a mim, mas a vaga do PSL. Judicialmente ganhamos o direito de retornar, porém o Juiz Anastácio deixou aberto para me colocar como membro titular ou suplente. De forma prática, a minha entrada na CPI em nada modificou a situação, pois fiquei na suplência. O suplente só atua na ausência do um titular e não tem direito a voto.

A GAZETA – O Conselho de Ética da Câmara errou ao intimar o vereador Juruna para defender-se no processo de cassação contra ele na Casa?

Emerson Jarude – De forma nenhuma. O erro que ocorreu foi da própria presidência.  Ao pegar um processo você precisa dar um recebido, porém, esse recebimento não foi feito pela presidência da Câmara, ou seja, pelo vereador Manuel Marcos. Ele não deu esse recebimento e já encaminhou direto para o Conselho de Ética. Quando o processo chegou ao Conselho, fizemos o que era para se fazer, intimamos o Juruna. Sempre deixei claro que nenhuma batata não ficaria assando na minha mão.

A GAZETA – Como está o andamento do processo de cassação contra Juruna?

  1. J. – O processo foi retirado do Conselho de Ética e colocado na mesa diretora. No momento está sob a responsabilidade deles. É nítido que há interesses políticos por trás dessa situação. A CCJ, que é a comissão responsável por revisar os atos de todas as comissões, é formada por sua maioria de vereadores da FPA. Portanto, eles podem anular e fazer o que quiserem com qualquer comissão. E, foi exatamente o que fizeram, anularam uma intimação que era legal e pegaram o processo de volta.

A GAZETA – O vereador Eduardo Farias sugeriu que o senhor ser declarasse impedido de atuar no processo contra Juruna. Você concorda com esse posicionamento?

  1. J. – Não concordo. Primeiro, o impedimento ou a suspeição deve ser normatizado, ou seja, ele tem que ter um previsão legal. Frise-se que não há nada no regimento interno hipóteses em que o presidente não pode atuar. Portanto, não há impedimento ou suspeição legal que me impeça de participar do trâmite.

Segundo, o fato de ter declarado meu voto não me torna impedido. Apesar ser presidente do Conselho, onde reafirmo que agirei com a devida diligencia, não preciso esconder meu voto.  É até contraditório o próprio Eduardo Farias. Se assim fosse ele não deveria estar à frente da CPI do Transporte Público já que é líder do prefeito na Casa. É uma incongruência. Falam porque participo do processo. Falariam do mesmo jeito caso eu estivesse agindo no sentido evitar o processo. Tenho agido de forma imparcial desde o início, ainda que pertençamos à mesma sigla. Isso é o correto a ser feito.

A GAZETA – O PSL já se posicionou com relação à cassação de Juruna?

  1. J. – Até o presente momento não. Não se manifestaram, não fizeram reunião, pelo menos não comigo. Da mesma forma que até o momento não se iniciou nenhum processo de expulsão dele do PSL.

A GAZETA– Quais as expectativas para 2017?

  1. J. – As melhores possíveis. Tenho uma equipe qualificada e que vem trabalhando de forma árdua. Abraçaram a causa e estão se dedicando também a esse mandato. Todos os dias debatemos ideias, projetos e aos poucos nós vamos apresentando na Câmara. Esse é meu primeiro mandato e tem sido uma experiência incrível. Não tenho história de militância, não tinha apadrinhado político, fizemos uma campanha simples, sem placas nas casas, sem carro de som nas ruas, sem pessoas balançando bandeira. Algo que começou pequeno e que tem crescido com o apoio da população.

A GAZETA – Circula a notícia de que você pretende sair candidato ao parlamento estadual na eleição de 2018. Existe realmente essa possibilidade?

  1. J. – Quanto a essa questão estou bem tranquilo. Não sou candidato em 2018. Fui eleito para ser vereador. Não é legal sair abandonar um mandato no meio e sair candidato a outro cargo. Não pretendo fazer isso. Tenho pouco mais de um ano filado ao PSL. Creio que ainda tenho muita coisa a viver, portanto, não há motivos para ter pressa. Vou cumprir meu mandato. Depois, de acordo com a necessidade da população, quem sabe saia candidato ao parlamento estadual ou federal. Acima de uma campanha está os interesses da população.

A GAZETA – Considerações finais.

  1. J. – Peço que as pessoas acompanhem de perto os debates na Câmara. É importante a participação de todos. Algumas vezes as coisas são passadas de forma deturpada e isso acaba por gerar muitos conflitos. Acompanhem também nossa FanPage. Lá estão os debates que fazemos na casa, projetos que apresentamos. Temos também esse amterial em nosso Instagram.

 

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