*Pra quem acha que já viu de tudo…
*Mais um momento histórico e peculiar da política brasileira.
* “Deixo a liderança do PMDB. Devolvo, agradecido aos meus pares, o honroso cargo que procurei exercer com a dignidade merecida”.
* “Ontem fiz questão de reiterar que não seria jamais líder de papel, nem estou disposto a liderar o PMDB atuando contra os trabalhadores e os estados mais pobres da federação”.
* “Não detesto o Michel Temer, não é verdade o que dizem. Mas não tolero sua postura covarde diante do desmonte da CLT”;
*E, por fim:
* “A situação política do país é gravíssima!”.
*Tudo muito lindo, sensato, coerente.
*Não tivesse o discurso vindo do senador Renan Calheiros, mais encrencado e sujo do que pau de galinheiro;
*E um dos mais legítimos representantes do velho modo de fazer política no país.
*Tá tudo esparramado, Brasil!
*Mas, qual é a surpresa, né?
*Eleição 2018 chegando…
*Bem capaz que a experiente raposa vai querer ver o nome atrelado a um presidente com uma das maiores taxas de rejeição popular da história, especialmente no estado que o elege, Alagoas.
*Tá copiado então.
*Enquanto isso, na nossa movimentada política local…
*O inesperado também aconteceu.
*E, dizem as boas línguas, houve uma trégua estratégica na guerra fria entre os dois pré-candidatos ao Senado da FPA, senador Jorge Viana e deputado Ney Amorim.
*Cafezinho pra cá, conversa boa de lá…
*Os dois são bons nisso!
*E teriam combinado, enfim, de deixar as diferenças pessoais de lado…
*E assumido um acordo de cavalheiros para não se atacarem, antes e durante a campanha eleitoral.
*O objetivo, óbvio, é emplacar a dupla vitória da coligação, uma vez que cada um a seu modo tem capital político suficiente para enfrentar a disputa com boas chances de vitória.
*Faz todo o sentido.
*Ainda mais considerando que as candidaturas da oposição, de modo geral, andam cada vez mais confusas e desarticuladas.
*Vem com tudo a Frente em 2018, hein…
*Melhor a oposição não cochilar muito, não.
*Não deve dar em nada a pressão dos servidores do Pró-Saúde ao Governo do Estado por aumento salarial.
*Eles alegam que estão há cinco anos sem reajuste e ameaçam paralisar os serviços.
*De fato, uma situação difícil, lamentável.
*Mas, convenhamos: crítica e lamentável tão quanto é a crise econômica que assola o Acre e o país, por anos a fio, sem perspectiva de melhora.
*Em qualquer tempo, são legítimas as reivindicações de todos os trabalhadores por melhores condições de trabalho.
*Mas ameaçar uma greve geral nesse contexto?
*É extrapolar o limite do bom senso.