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O pinto da primeira pena

Depois de quase deixar os dedos endurecerem de tanta ferrugem, eis-me aqui novamente. Merecidas férias eram necessárias para oxigenar a cabeça e o coracion. Se bem que o coração só anda trabalhando no bombeamento do sangue mesmo, porque amar está uma raridade. Amar é artigo de luxo!

Mas não vim para escrever a meu respeito, mas da vida alheia. Tem coisa melhor? Tem “mermo”! Como já disse o filosofo Falcão “me chamaram até pra dá opinião na vida sexual da primeira dama”, que não é o caso, mas da vida sexual dos outros pra gente não errar. Não que tenhamos interesses nas amizades, mas um escoteiro preparado sempre está na ativa.

Dia desses reencontrei uma amiga que há tempos não nos encontrávamos para tesourar da vida alheia ou das nossas. Riamos e recordávamos dos últimos episódios em resumo do encontro anterior até chegarmos ao atual. Menina puxa uma cadeira e senta! Estou pra ver puxadinha mais fresca que essa.

Ela me contava que seu mais recente novo rolo gostaria de saber quem era o tal de Victor Augusto ou Bombonzão que tanto se fala ou falam. Um verdadeiro caso de chifre por antecipação e falta de confiança no próprio taco. Pobre de mim ou quem me dera pegar esse meio mundo que tanto anunciam ou temem. Quem me dera ter o membro de ouro, mas esse jovem escriba não passa de um último romântico a procura de sua costela e que possa ajudar a criar uma raça superior.

Voltando a ela, me relata que seu amado é muito enrolado, meninão e que não faz o “ypisilone” que preste. Entendeu? O rapaz não sabe fazer o cascaviado, encontra o petróleo, colocar o ponteiro no meio dia e por ai vai. Mas que gostava do cabron pela companhia. Enquanto relatava suas brigas, logo identifiquei que se tratava de um pinto da primeira pena, personagem muito conhecido entre as moças, à versão do eterno garanhão que não cresceu e conta uma foba besta.

Essas versões são dos primeiros anos do final do século passado que ainda acreditam que usando o desodorante avance, elas avançam. Homem que é homem meu jovem rapaz maduro, usa old spice que é coisa de macho sem frescurite. Mas ao longo dos anos da vida desse hombre ele não teve uma moça que lhe falace de seus erros no caminho do paraíso e sempre acreditou conhecer o agente G.

Ela me questiona sob o que pensar e o que recomendaria. Eu só o vejo como o clássico P.A. para ela e já recomendo que volte a rever o catalogo de ofertas de onde ela arrumou esse, pois uma criatura que teve três casamentos e não se descobriu só tem dois caminhos, continuar passando adiante ou sofrer um choque a respeito da verdade que é ruim de cama para tentar reaprender o caminho.

Toda mulher tem o direito de dizer que o rascunho da humanidade é ruim de cama, que não faz cocegas, que não sabe usar o bigode de Hitler da moça. Toda mulher tem o direito de realizar um panelaço contra o cabra que não sai de seis e meia ou do que está chegando no meio dia, mas não consegue envergar o obelisco.
Companheiros voltemos ao quadro negro da vida e reavaliem seus sucessos e fracassos, é o mínimo que podemos fazer por belas moças tão graciosas e queridas por nos darem esses toques. Demos um basta ao efeito macarrão! Vamos à luta!

A Gazeta do Acre: