Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

“A sensação de insegurança só aumenta em saber que os envolvidos estão soltos”, comenta José Polanco

“A sensação de insegurança só aumenta em saber que os envolvidos estão soltos”, comenta José Polanco

“Não gostei da atitude do juiz. A sensação de insegurança só aumenta em saber que os envolvidos estão soltos”, comentou José Rosheco Polanco, sobre a decisão do juiz de Direito Clóvis Lodi, titular da Vara Criminal da Comarca de Brasileia, que expediu o alvará de soltura dos três suspeitos de sequestro, ocorrido no último dia 7.

“Minha rotina mudou após o sequestro. Não ando mais só. Essa é uma indignação e sensação de impotência não só minha ou do delegado que investigou o caso, mas de toda a população”, ressaltou José, que é irmão do conselheiro do Tribunal Contas do Estado (TCE/AC), Ronald Polanco.

Ao relembrar dos momentos vividos durante o sequestro, José falou que a truculência do grupo. “Foram truculentos no início. Eram cinco pessoas, entre eles uma mulher. Todos brasileiros. Me amarraram e apontavam uma arma para minha cabeça. Me levaram no meu próprio carro e me trouxeram para o Brasil”. O sequestro teve início na zona rural da na cidade de Cobija, na Bolívia.

Após muita negociação, José Rosheco Polanco foi liberado no mesmo dia, após o pagamento de R$ 120 mil.

A decisão do magistrado aponta que os supostos criminosos não poderiam permanecer presos porque estavam fora do flagrante, e o delegado Roberto de Lucena, ao conduzir dois deles à delegacia, agiu fora da lei.

O delegado responsável pelo caso, Roberto Lucena, explica que os suspeitos foram levados à delegacia do município para uma averiguação.

Com eles, foram encontrados objetos pessoais da vítima e, durante o interrogatório, eles também confessaram o crime.

“A decisão provoca na investigação um retrocesso. Com os suspeitos em liberdade, as investigações ficam mais complicadas”, comentou o delegado, sem dar maiores detalhes.

Ainda na decisão, o juiz mandou que o Ministério Público do Acre (MP/AC) e a Corregedoria da Polícia Civil abra procedimento que apure a conduta do delegado.

Sair da versão mobile