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Artesã acreana transforma sobras de malharias em tapetes coloridos

 O amor pelo artesanato surgiu há 20 anos quando dona Carolina Nogueira da Costa, de 59 anos, fez o primeiro curso de crochê. Ela chegou a fazer cursos como de culinária e confeitaria, mas gostava mesmo era da produção artesanal.

Após ficar desempregada, a artesã viu nas sobras de tecidos das malharias uma oportunidade de trabalhar com o que sempre gostou, além de garantir uma renda extra. Costa decidiu transformar os retalhos de malha em tapetes coloridos das mais variadas formas.

Todo mês cerca de 40 quilos de retalhos que iriam para o lixo são reutilizados pela artesã. A produção é de acordo com as encomendas e os valores variam entre R$ 20 e R$ 100, dependendo do tamanho da peça. As sobras são doações de duas malharias de Rio Branco.

Apesar de gostar da produção, dona Carolina conta que adora ensinar outras pessoas a fazerem os tapetes. “Eu ensino artesanato para o povo por vontade e por amor a profissão que eu escolhi. Não tenho dinheiro e nunca cobrei nada de ninguém”.

E quem disse que os tapetes da artesã só chamam atenção pela cor? O artesanato desperta interesse em crianças, jovens e adultos. Quem conhece o trabalho de dona Carolina fica entusiasmado em aprender.

“Já ensinei mais de 20 pessoas. Dou aula em qualquer lugar, embaixo de árvore ou em casa. Tem um pastor que eu ensinei e ele está fazendo pra vender. Ele já conseguiu construir uma casa de alvenaria com o dinheiro dos tapetes”, contou.

Atenciosa, dona Carolina recorda da sua primeira aluna que tinha apenas sete anos de idade. “Ela chegou e pediu pra eu ensiná-la, estava todos os dias na minha casa. Foi a minha melhor aluna. Quando outras pessoas me pediam para ensinar ela dizia: eu ensino”.

Hoje a artesã sonha em elaborar um projeto para criar um curso de confecção de tapetes. A ideia é passar adiante todo seu conhecimento em artesanato. “Não importa para quem eu vou ensinar. Estou pronta para capacitar outras pessoas que também precisam trabalhar. Essa é uma boa opção de renda”, concluiu.

Carolina Nogueira da Costa, de 59 anos (Foto/A GAZETA)

 

A Gazeta do Acre: