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Comissão da Aleac apresenta relatório final sobre investigação na Maternidade Bárbara Heliodora

 Os parlamentares que compõem a Comissão de Sindicância da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) entregaram na manhã de quinta-feira, 1º, o relatório final sobre a investigação das mortes de recém-nascidos em 2015, na Maternidade Bárbara Heliodora. De acordo com o presidente da comissão, deputado Heitor Junior (PDT), as informações contidas no documento são oriundas das visitas à maternidade, bem como a conversa com funcionários do local e as mães.

“Esse relatório é fruto de muito trabalho, diversas reuniões, depoimentos prestados pelas mães à autora do requerimento, deputada Eliane Sinhasique. Então, é um material bem elaborado, que visa tão somente colaborar para a melhoria no atendimento em saúde”, disse ao pontuar que o relatório seria enviado ao “Ministério Público, Secretaria de Estado de Saúde e à Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco para que as políticas de prevenção sejam adotadas a fim de evitar novas mortes na unidade de saúde”.

A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) pontuou que, após a conclusão da investigação, ela chegou ao entendimento de que 25% dos óbitos ocorridos poderiam ter sido evitados. “Tudo o que foi apurado está nesse relatório. Não mascaramos absolutamente nada e a conclusão que chegamos é que 25% das mortes poderiam ter sido evitadas se medidas simples como o acompanhamento feito no pré-natal tivesse sido realizado pela atenção básica”.

O deputado Jenilson Leite (PCdoB), relator da Comissão de Sindicância, corroborou a fala da colega de parlamento. Ele disse que as falhas na atenção primária ou processo de atendimento foram um dos motivos que geraram os óbitos.

“A superlotação da Maternidade Bárbara Heliodora, ausência de acompanhamento de pré-natal na rede básica de saúde, insuficiência da UTI neonatal e falta de equipamentos adequados para o atendimento às mulheres em trabalho de parto foram alguns dos motivos que levaram, infelizmente, aos óbitos. Esse erro, muitas vezes, se dá porque o serviço é ineficiente ou porque a mãe tem dificuldade de acessar o serviço. Então, isso fez com que chegássemos a esse percentual em que 25% dos óbitos poderiam ser evitados.

Por fim, o parlamentar destacou a importância da realização de partos normais nas cidades. “Os nossos municípios precisam dar conta de fazer os partos normais. Hoje, os nossos municípios não estão dando conta nem mesmo de fazer esses partos normais e isso superlota a nossa maternidade”.

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