A diarista Francisca Bandeira da Silva, de 49 anos, procurou a reportagem do A GAZETA para denunciar uma situação ocorrida na noite da última segunda-feira, 5, em Rio Branco.
Silva conta que foi detida após tentar defender a filha de 17 anos de uma briga dentro da escola. Mãe, filha e as outras duas jovens envolvidas na confusão foram encaminhadas para a Delegacia de Flagrantes (Defla).
Mãe solteira, a diarista conta que o filho de 9 anos é deficiente mental e também foi para a delegacia. A criança teria ficado dentro da cela com a mãe, a irmã e outras pessoas detidas na mesma noite.
“Tomaram meus pertences e me colocaram na cela. Perguntei que horas eu iria depor e me disseram que eu estava detida. Não fui ouvida por nenhum delegado, as outras meninas foram ouvidas e eu não”.
Segundo a diarista, que não negou ter envolvimento na briga, a forma como foi tratada na delegacia a deixou constrangida. Ela reclama que não chegou a ser ouvida pelo delegado plantonista e também não pôde fazer nenhuma ligação para pedir que alguém buscasse a criança.
Silva destaca que ficou detida com os filhos das 19h de segunda-feira, 5, às 4h de terça-feira, 6. Ela diz que tentou explicar a situação para os policiais, mas não foi atendida.
“Eu acho isso uma injustiça. Fiquei na mesma cela que os bandidos e meu filho na pedra dormindo do meu lado. Eu não estava preocupada comigo. O que mais me doeu foi meu filho está naquelas condições. Acho isso um crime. Foi uma humilhação que eu passei”, lamentou.
O A GAZETA tentou falar com o delegado de plantão, Cleber Gnatta, mas não teve retorno até o fechamento desta edição. Por meio da assessoria de comunicação, a Polícia Civil informou que apenas o delegado plantonista do dia poderia prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.