O governo do Acre tem consolidado sua economia a partir de uma política de valorização do ativo ambiental, que tem resultado no desenvolvimento sustentável do estado. Essa valoração do capital natural pode ser medida a partir dos estudos que apontam a melhoria da qualidade de vida dos acreanos nos últimos 18 anos.
Com o intuito de ampliar o debate sobre o tema, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e a Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais (CDSA), e a WWF organizaram uma oficina de trabalho nesta quarta-feira, 7, para apresentar um estudo elaborado pela instituição de consultoria Pangea, que aponta o potencial de capital natural do Acre.
“Aqui no Acre, trabalhamos políticas públicas inovadoras, exatamente, nesse sentido: de como equilibrar o desenvolvimento econômico, a conservação ambiental e a justiça social. Com um dos resultados, hoje, dispomos de um valoroso ativo ambiental, uma poupança de 87% de território coberto por florestas naturais.
Esses avanços abrem oportunidades de negócios diante da agenda econômica contemporânea, estabelecida pelo Acordo de Paris”, destacou Dande Tavares, diretor-presidente da CDSA.
Segundo o coordenador regional do WWF, Kennedy Souza, o Acre possui uma gestão inovadora.
“Estamos em um estado que, talvez, seja o mais protagonista da Amazônia em fortalecimento de uma economia verde, de valorização da floresta e combinação de uso sustentável dos recursos. Por isso, a importância de em se discutir mecanismos de valorização da biodiversidade para que possa ser uma válvula de desenvolvimento sustentável e o nosso estudo procura responder isso: o potencial de capital natural, que é esse estoque de ativo ambiental que existe no Acre”, explicou.
Entre os serviços ecossistêmicos apontados no estudo, destaca-se o turismo, que se enquadra como um serviço cultural. Rachel Moreira, secretária de Estado de Turismo e Lazer, observa que a natureza é um grande capital. “Nós temos um grande potencial turístico pelas nossas belezas cênicas, florestas e riquezas culturais. Portanto, é necessário olhar a natureza e potencializar o seu papel econômico, gerando renda, emprego e dividendos para as famílias que residem nas comunidades”, disse.