Após descobrir jogada de marketing, a Polícia Civil do Acre finaliza, nesta sexta-feira, 9, o investigação sobre o desaparecimento do estudante Bruno Borges. O inquérito deve ser entregue ao Jusdiciário. A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelo caso, Alcino Júnior.
“Quem tinha que ser ouvido já foi ouvido. A polícia justificou comprovadamente os motivos pelos quais o rapaz tinha desaparecido, fugiu, ou quis ir embora sozinho. Nós comprovamos isso e para nós não tem mais razão para continuarmos nessa busca”, explicou.
O delegado destaca que os dois amigos de Bruno, Márcio Gaiote e Marcelo Ferreira, de 22 anos, foram indiciados por furto e falso testemunho. Gaiote foi intimado para prestar depoimento, mas não compareceu à delegacia em Rio Branco e foi indiciado indiretamente.
Júnior explica que os dois amigos omitiram informações importantes durante os primeiros depoimentos do caso. “O Márcio, que não está morando aqui, apresentou a justificativa por não poder comparecer e não chegou a ser interrogado, por isso o indiciamento foi indireto. E o Marcelo foi interrogado pelos dois crimes e será encaminhado para a Justiça tomar as medidas cabíveis”.
Recorde o caso
No dia 31 de maio a polícia divulgou que o sumiço de Bruno teria sido uma jogada de marketing. Durante as investigações o delegado teve acesso a contratos e conversas no WhatsApp.
O documento intitulado de “Contrato de sociedade no projeto Enzo com lançamento de 14 obras” determina o benefício de 15% do faturamento bruto das 14 obras aos envolvidos.
Bruno Borges está desaparecido desde o dia 27 de março. A polícia acredita que antes de sumir o jovem estava acompanhado dos dois amigos: Marcelo Ferreira e Márcio Gaiote. O jovem deixou no seu quarto uma estátua de 2 metros do filósofo Giordano Bruno, mensagens nas paredes e 14 livros criptografados.