Está cada vez mais comum no noticiário local as apreensões de drogas realizadas pela Polícia Federal. De janeiro a abril deste ano o órgão contabiliza que foram retirados de circulação um total de 212 quilos de drogas no Acre. De acordo com o levantamento, seriam 90 quilos de maconha e 122,741 quilos de cocaína.
Se fosse comercializada, essa quantidade de cocaína estaria avaliada em mais de R$ 6 milhões. Só em janeiro foram apreendidos quase 95 quilos de cocaína. Em fevereiro foram 21,031 quilos, em março 0,5 quilo e em abril foram 6,74 quilos do produto.
A apreensão da maconha também ocorreu no mês de abril. Sobre os dados referente ao mês de maio, eles ainda estão sendo contabilizados pela Polícia Federal.
Estar em posse dos produtos levou 27 pessoas para a prisão acusadas de tráfico de drogas. Ainda nesse período, três carros, uma moto e uma embarcação foram utilizados para esconder o entorpecente.
Apesar todo o esforço das autoridades da área de segurança pública para conter o avanço do narcotráfico no Brasil ainda existe um longo percurso a percorrer. O Acre é uma região estratégica para esse comércio já que faz fronteira com os dois maiores produtores de cocaína do mundo, que são o Peru e Bolívia.
Estima-se que 40% ou mais da cocaína que abastece o Brasil é oriunda do Peru. Para chegar em solo brasileiro, a droga entra por meio de rota terrestre, o que coloca o Acre como porta principal de entrada da droga para outras cidades brasileiras. Ao todo são 2 mil quilômetros de fronteira com a Bolívia e o Peru.
As fronteiras de Assis Brasil/Iñapari (Peru) e Brasileia e Epitaciolândia/Cobija (Bolívia) aparecem como rota preferencial devido a uma série de fatores. Esta região é cortada por rios, o que facilita o tráfico de drogas e dificulta o trabalho das forças de segurança.