Defesa de Kennedy revelou que deve recorrer do veredito à Câmara Criminal do TJ/AC
“A sede de justiça foi saciada”, foi assim que o presidente da Associação dos Militares do Acre (AME/AC), Joelson Dias, definiu a condenação de Kennedy Magalhães a 17 anos de prisão em regime fechado. Ele foi sentenciado pela autoria da morte do cabo Alexandro dos Santos, durante abordagem policial em agosto de 2016.
O julgamento ocorreu na quarta-feira, 7, e durou 12 horas. Além de familiares, os colegas de farda estiveram presentes para acompanhar o desfecho do caso.
“Houve por parte de justiça a atenção que nós achávamos que deveria ter. Da parte da associação e por parte da família, foi a contento. É certo que não vamos trazer o Alexandro de volta. Se teve um grupo de pessoas que realmente foi punido nesse processo todo foi a família, e a própria vítima”, destacou Joelson.
A defesa de Kennedy revelou que deve recorrer do veredito à Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre.
O presidente da AME ressalta que o clima de confiança no Judiciário era total. “Estávamos bastante confiantes na justiça e no Ministério Público. E que a sociedade, através do Tribunal do Júri, iria dar uma resposta à altura. Isso aconteceu. Entendemos que a decisão do juiz foi acertada. As acusações postas pelo MP foram acertadas. A AME auxiliou nesse processo, através da banca de advogados”, concluiu Joelson.
A mulher de Santos, Nara Aline Santos, 25 anos, comentou que a condenação do responsável pela morte do marido deixou a família mais tranquila. “O desejo era de que ele fosse condenado à pena máxima, mas o tempo que ficou determinado foi bom”.
A mãe do PM morto, Maria Aparecida, falou um pouco sobre a dor de perder o filho. “É muito sofrimento. Nada vai trazer meu filho de volta. Há dez meses convivo com essa dor”.