O secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, afirmou que os dados do Atlas da Violência, pesquisa elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), tem uma “defasagem” de dois anos. Os números foram divulgados há uma semana.
De acordo com o Ipea, a quantidade de homicídios nas cidades acreanas teve um aumento de 75% entre 2005 e 2015. A taxa de mortes para cada 100 mil habitantes cresceu quase 46% na década. Os anos de 2013 e 2014 registraram os maiores índices, com 234 e 232 vítimas, respectivamente.
“O Acre é o estado que tem a menor taxa de homicídio da região Norte. É o nono menor no que diz respeito ao Brasil. Ali (Atlas) tem uma metodologia específica, São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, não contabilizam confrontos entre autores de crimes e policiais, não contabilizam cadáveres que não são identificados e que não são poucos. Quando não são identificados, não entram para as estatísticas deles. Então, fica uma cifra cinzenta que a gente acaba tendo”.
Apesar de a pesquisa mostrar crescimento, um levantamento feito pela Segurança Pública do Acre aponta uma redução de 27% nos casos de homicídios em três meses (março, abril e maio) deste ano. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 12.
Para Farias a redução registrada em três meses é resultado das ações conjuntas desenvolvidas pelos órgãos de Segurança, como a instalação de bloqueadores de celulares nos presídios, transferência de presos, além do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). “Isso faz com que a gente consiga indicadores de redução”, acrescentou.
Por fim, o secretário admitiu que o conflito entre facções criminosas é um dos maiores problemas para o sistema de Segurança, porém, enfatizou que também houve redução no número de execuções. “Nosso olhar está muito atento para essas execuções, que é por disputa de território como já falamos”.