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Vigilante é baleado dentro do Huerb e sindicato pede mais segurança para trabalhadores e usuários do SUS

 O Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco testemunhou uma tentativa de homicídio na manhã desta quarta-feira, 14. O vigilante Acivaldo Nunes foi atingido por um tiro disparado por um desconhecido que invadiu o local, efetuou o disparo e saiu. Testemunhas disseram que o autor da tentativa de homicídio chegou com outra pessoa na garupa de uma moto.

O delegado do Departamento de Polícia da Capital e do Interior (DCPI), Nilton Boscaro, afirma que a polícia já colheu as primeiras informações e que a investigação foi iniciada.

O tiro atingiu o tórax e desceu para o abdômen de Nunes. A vítima passou por cirurgia. Logo após o incidente, as duas entradas do Huerb foram fechadas.No acesso ao local em que estava o vigilante, a servidora que fica na porta tentou barrar o homem, mas ele a ameaçou mostrando a arma na cintura.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac), Adailton Cruz, destacou que a segurança é uma pauta que vem sendo reivindicada há muito tempo. “Na recepção ele deu um nome falso, com a desculpa de que ia atrás de uma enfermeira, mas o objetivo mesmo era matar o vigilante. Ele entrou e ficou andando pelos corredores procurando o rapaz, quando achou disparou uma vez”, detalhou o presidente.

Sobre o estado de saúde do vigilante, Adailton que também é enfermeiro e atua na área de emergência do Huerb, apontou que Nunes perdeu o rim e o baço. “Ele foi operado. Está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O estado de saúde dele é grave, mas estável”, apontou.

Essa é mais uma prova de que as reivindicações do Sintesac devem ser levadas em consideração, ressaltou o presidente. “Nós já fizemos protestos, tivemos reuniões com a Secretaria de Segurança e com o Ministério Público para pedir um sistema e um plano de segurança para as unidades de saúde, mas nunca foi concluído. Quem fica à mercê são os trabalhadores e os pacientes. É uma situação muito grave. Por exemplo, na entrada da emergência tem uma porta que fica aberta 24 horas por dia. Pode entrar quem quiser, sem qualquer tipo de vigilância ou controle”, destacou.

O presidente do Sindicato dos Vigilantes, Nonato Santos, confirmou que a categoria sofre com a falta de segurança. “O trabalhador foi atingido por estar sem colete e desarmado. Isso já é uma luta antiga nossa, que nesse setor aqui tenha gente armada e com colete. Infelizmente, esperaram acontecer essa tragédia para poderem tomar alguma atitude”.

Outros casos já foram registrados no Huerb por conta da falta de segurança

Ameaças e agressões físicas aos profissionais e pessoas armadas ou portando facas dentro do Huerb é comum, apontou Adailton. “Já tivemos o caso de um paciente que sacou uma arma e apontou para a cabeça do profissional dentro da sala de emergência do Huerb. Foi uma situação muita tensa”, relembrou o presidente.

A Gazeta do Acre: